O filme «A queda de Hitler e do III Império Alemão» veio relançar o debate sobre o nazismo a nível mundial.
A revista «Time» afirmava que a cor do nazismo era o preto. Mas não é bem assim, a cor do nacional-socialismo ou nazismo é o vermelho, que tem origem na iconografia do socialismo europeu do século XIX. Ao lado do vermelho surgem como cores secundárias o branco e o preto, apenas na cruz suástica, que não foi inventada pelos nazis.
Paradoxalmente, sendo a IGUALDADE, o primeiro Mandamento da Esquerda, quer socialista, quer comunista, Hitler escolheu o conceito socialismo nacional, porque seria um socialismo exclusivo da raça superior, a que ele chamava «raça ariana», caracterizada pelos cabelos e olhos claros, mas não exclusivamente. Os teóricos do conceito «raça ariana», também consideravam que alguns elementos dessa raça tinham cabelos escuros e olhos escuros. Ora, foi este argumento de socialismo nacional ou nacional-socialismo que levou Hitler a vencer as eleições democráticas de 1932, de acordo com a Constituição de Weimar. E depois o Presidente da República, Hindenburg, nomeou-o chanceler. O nacional-socialismo foi uma escolha, em democracia, do eleitorado alemão. Hitler queria dominar o Mundo, e se isso tivesse acontecido beneficiaria os alemães, enquanto que os judeus, os ciganos, os homossexuais, os deficientes, os bielorrussos, os ucranianos e os russos europeus seriam exterminados e esses espaços vazios a Leste, seriam preenchidos pela reprodução da raça ariana.
Nenhum dos grandes conquistadores europeus do passado se lembrou de tais barbaridades.
O rei da Macedónia, Alexandre o Grande, recentemente desmistificado em filme, que revelava, a sua diversificada vida sexual, paralelamente homossexual e heterossexual,
matava quem lhe fazia frente ‘para dar o exemplo’, mas nunca lhe passou pela cabeça exterminar povos inteiros, antes pelo contrário, procurava misturar raças.
Júlio César, embora tenha feito grande mortandade na Gália, nunca lhe passou pela cabeça exterminar os gauleses. No ano de 212, o imperador Caracala, ele próprio nascido na Gália, concedeu o direito de serem cidadãos romanos a todos os homens livres gauleses, lusitanos, judeus, etc., isto é a todos os homens livres do Império Romano.
Trajano, talvez o mais poderoso de todos os imperadores romanos, o primeiro imperador «espanhol», pois nasceu no actual território da Espanha, nunca pensou exterminar os judeus.
O segundo imperador romano nascido na Península Ibérica, Adriano, tinha grandes problemas com as tribos do Norte da Escócia. Se quisesse tinha meios para as exterminar. Mas nunca pensou nisso, preferiu mandar construir uma muralha atravessando toda a Grã-Bretanha, para reforçar a defesa.
Napoleão Bonaparte, embora pusesse o seu interesse pessoal em primeiro lugar, tinha por objectivo construir um grande império, em que todos os cidadãos fossem iguais perante a lei.
Ora Hitler foi um conquistador racista, quebrando a tradição dos grandes conquistadores do espaço europeu, de Alexandre Magno a Napoleão Bonaparte! Em vez de querer dominar alguns povos, queria exterminá-los!
Hitler era racional, representava a inteligência ao serviço do mal absoluto.
Consideram Hitler irracional, porque ele se considerava socialista em exclusivo só para a raça ariana, nacional-socialista!