UM OLHAR SOBRE A CENSURA
«Também estava ali fora de horas o censor oficial, don Jerónimo Ortega, a quem chamávamos o Abominable Hombre de las Nueve» ( o Abominável Homem das Nove) «porque chegava pontual a essa hora da noite com o seu lápis sangrento de sátrapa godo. Ali permanecia até ter a certeza de que não houvesse uma letra impune na edição da manhã. (…)»
Gabriel García Márquez in «Memória das minhas putas tristes», Edição Dom Quixote, Lisboa, 2005, pág. 45
Gabriel García Márquez in «Memória das minhas putas tristes», Edição Dom Quixote, Lisboa, 2005, pág. 45