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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quarta-feira, maio 04, 2005

  • A EUROPA, A LIBERDADE E AS DUAS HUMANIDADES

    Os ingleses há mais de três séculos que não conhecem uma ditadura. O poder na Inglaterra em 1688 passou, de facto e definitivamente, para o Parlamento. Um liberalismo muito conservador, porque uma das câmaras do Parlamento não é eleita, e está reservada para a nobreza e para o alto clero.
    Nestes dois últimos três séculos os ingleses conseguiram conciliar liberdade interna com as maiores barbaridades externas, das quais a barbárie em nome do petróleo do Iraque ainda está na moda, porque os trabalhistas ingleses ainda andam à procura das famosas e imaginárias Armas de Destruição Maciça de Saddam Hussein.
    Genocídio, escravatura e outros tipos de tortura praticaram os ingleses com liberdade interna.
    Para muitos europeus há duas humanidades, a dos colonizadores e a dos colonizados.
    O nazismo é muito condenado, porque trouxe para o espaço europeu este conceito de duas humanidades, a dos homens e a dos infra-homens, que os ingleses desenvolveram em liberdade interna, mas noutros continentes, ditos «inferiores».
    Ora nas eleições inglesas impera este conceito de duas humanidades, a Humanidade e a infra-Humanidade, que são os povos colonizados. A escolha é entre os Crimes de Guerra de Anthony Blair e os mesmos Crimes de Guerra a serem praticados pelos conservadores.
    Bertrand Russell muito se bateu contra os Crimes de Guerra no Vietname, sobre os quais escreveu um livro excepcionalmente bom. Mas acabou por sair do Partido Trabalhista e por rasgar o seu cartão de militante...
    Hoje a intelectualidade europeia não está muito em forma na defesa de uma só Humanidade, na defesa dos Direitos Humanos para toda a humanidade, incluindo para os «animais» presos no Iraque e em Guantánamo...