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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

segunda-feira, maio 09, 2005

  • A ESQUERDA EM MUDANÇA

    As últimas eleições proporcionaram uma acentuada subida do eleitorado do Bloco de Esquerda. Neste novo contexto Francisco Louçã foi eleito Coordenador, tal como era previsível.
    A Esquerda portuguesa até tem uma grande representação no actual Parlamento. Difícil é aparecerem políticas, efectivamente, de esquerda. A Direita, porém, era bem pior.
    O que pode fazer o Bloco de Esquerda? Actualmente, pressionar o Partido Socialista.
    O BE ocupa um espaço político muito semelhante ao da ala esquerda do PS e de todo o PCP, semelhante, não igual.
    Quanto mais o Partido Socialista for influenciado pela sua ala direita mais votos terá o BE.
    Mas se os partidos da Esquerda optarem por guerras inter-esquerda para se afirmarem a direita ganhará muito com isso.
    Ser, de facto, da Esquerda é pôr os ideais políticos à frente da carreira pessoal. Ter ideais de Esquerda é ter ideais humanistas, é acreditar na ciência com consciência, e não na ciência sem consciência, que é a perspectiva neoconservadora. Os ideais de Esquerda dizem que a sociedade é injusta, mas que é possível superar muitas injustiças.
    A Esquerda, efectivamente do século XXI, nada tem a ver com ditaduras, sejam elas quais forem. Mas, para aproveitar a Liberdade tem que conseguir fazer passar a sua mensagem, debaixo da pressão das Centrais da Impostura da Direita, que hoje usam o slogan «meio de comunicação social deontologicamente independente».
    A Esquerda tem que se superar a si própria e inventar novos meios de afirmação.
    A Esquerda tem grande presença no Parlamento, mas não há um único jornal de esquerda em Portugal, para além dos jornais partidários.
    Seria bom que a Esquerda tentasse encontrar maneira de não necessitar dos meios de comunicação da Direita mais liberal para poder expor os seus pontos de vista.