Uma das características da direita portuguesa tem sido o abuso do poder. O apogeu desta prática foi o planeamento e realização da execução sumária do líder da oposição, general Humberto Delgado.
Apaixonadamente apoiou George W. Bush, um especialista em abuso do poder nas relações internacionais. A revista “Time” numa sua edição europeia (Vol. 161, Nº 20), colocou-o na capa vestido com equipamento de voo da foca aérea dos EUA perguntando: “Can this man be beaten?”. Em termos de quantidade de destruições e mortes está invencível. Ninguém como ele no século XXI provocou tantos funerais.
A sua especialidade, como a farda indica é o terror aéreo. A pedra basilar da sua ideologia é o primado absoluto da força sobre o Direito Internacional. O seu ponto mais fraco é viver num regime liberal e não está garantida a sua vitória nas próximas eleições presidenciais. É a este homem que a direita portuguesa, política e mediática, lambe as botas.
Curiosamente é um jornal de língua inglesa “The Guardian” dos que melhor ridicularizam as suas imposturas que serviram de pretexto para desprezar a ONU e invadir o Iraque.
Um grande jornal norte-americano “The New York Times”, desde o início condenou a guerra de G. W. Bush, ao contrário das televisões e jornais portugueses, incluindo os que têm textos de opinião de elementos da esquerda. Esta vassalagem à barbárie em nome da “democracia” produz uma recessão existencial.
O papa quando condenou esta barbárie foi dado como morto pelos católicos da direita que agora rezam por ele. Esta hipocrisia provoca ondas de choque para além do mundo católico.
A empresa McKinsey diz que a economia português é pouco competitiva em primeiro devido à chamada informalidade portuguesa, que é a evasão fiscal generalizada, que distorce a concorrência, favorecendo os empresários infractores. Do relatório da Mckinsey, que o próprio governo PSD-PP, a direita não quer saber.
Anda obcecada pela urgente necessidade de oprimir e encher de insegurança e angústia os trabalhadores por conta de outrem, quer aplicar-lhes uma “overdose” de opressão diária, insegurança e angústia, para que os tais impresários infractores, se divirtam ainda mais, enquanto um manto cinzento é colocado nas casa das famílias, que vivem do trabalho assalariado, cruelmente.
Relativamente ao abuso do poder a rede da direita política-policial-judiciária está, abertamente, ao ataque, apagando pistas comprometedoras para as cúpulas da direita e fazendo escutas telefónicas ilegais ao “reviralho”, como nos bons tempos da Polícia Internacional de Defesa do Estado. Um dos elementos desta rede é um delirante e iluminado adivinho, que só vê para um lado, tentando a todo o custo evitar as chamadas “forças de bloqueio”, que são uma chatice para a direita.
Os comissários políticos da direita em lugares chave no aparelho de Estado e no aparelho mediático cumprem, escrupulosamente, as suas cruciais funções para o sossego da direita, independentemente do que ela faz.
Até para colocar uma jovem não tão estudiosa quanto o necessário num curso universitário com muita procura a direita recorre ao abuso de poder!
Esta situação geral do país provoca nas pessoas uma recessão existencial, porque destrói, pela base, os mecanismos da esperança no futuro.