TEMPESTADE SOBRE LISBOA
A rede de pedofilia que funcionava associada à Casa Pia desencadeou uma violenta tempestade sobre Lisboa.
A revista francesa “Le Point”, totalmente fora das pressões políticas da direita portuguesa, afirma , categoricamente, que o governo neoconservador PSD-PP tem dois ministros pedófilos.
No entanto o aparelho policial e judiciário não só não incomoda as ilustres figuras da direita portuguesa como também parece que as protege, diligentemente, ignorando testemunhos e apagando, meticulosamente, pistas comprometedoras para a direita.
Que faz um comissário político da direita? Investiga os seus patronos, aqueles que o nomearam, se há indícios de crimes por eles praticados? É claro que sim ou é claro que não?
Que faz um colaborador ideológico da direita no aparelho judiciário ou no aparelho policial? Acha que as leis também se aplicam aos políticos da direita que tanto aprecia? É claro que sim ou é claro que não?
Por quais razões a direita portuguesa aprecia tanto alguns juízes e magistrados do Ministério Público?
Será que as pessoas que dirigem o processo Casa Pia seriam capazes de investigar e prender os tais dois ministros do governo PSD-PP acusados de pedofilia por uma insuspeita revista francesa? É muito claro que não. Nem pensar!
No meio da tempestade uma comissária política da direita numa televisão privada, com provas públicas dadas, pois já foi deputada da direita, aproveita o temporal para exprimir, com toda a clareza, os seus profundíssimos ódios pessoais. Para ocultar o quê?
A mais diligente polícia no apoio à direita portuguesa era a Polícia Internacional de Defesa do Estado. Os juízes mais diligentes a apoiar a direita portuguesa eram os dos Tribunais Plenários.
A queda do Estado Novo provocou a rotura da aliança direita-aparelho policial-aparelho judiciário? Mas será que provocou mesmo? Por quais razões as cúpulas da direita portuguesa continuam a gozar de requintadas imunidades?