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sábado, janeiro 19, 2008

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    A GRÉCIA A ARDER E AS ORIGENS DO CLUBISMO

    Um dos povos mais antigos é o povo grego, e continua a existir no mesmo espaço principal, que constituía a Grécia Clássica europeia.

    O modelo escolhido para os primeiros tempos para a democracia dos Estados Unidos foi, num aspecto fundamental, o modelo grego clássico, isto é, uma democracia com escravos ou uma democracia esclavagista.
    Aristóteles, um dos homens mais inteligentes da Grécia clássica, não conseguia sequer imaginar uma economia a funcionar sem escravos.
    A chamada racionalidade ética generalizada só começou no espaço europeu no século XVIII, com as teorias iluministas mais avançadas, como as de J.J. Rousseau, que não admitia a escravatura. J.J. Rousseau dizia que os homens nascem livres e iguais em direitos.
    A racionalidade grega clássica não condenava a escravatura.
    A Grécia a arder dá a imagem de um povo em acelerada decadência. Quem diria que os gregos actuais são descendentes directos dos gregos clássicos que criaram as bases da Civilização Ocidental… !!!

    Mas são mesmo descendentes dos gregos da Antiguidade.
    Os padrões sobre o conceito de valentia na Civilização Grega Clássica eram muito diferentes dos actuais.
    Os ingleses no século XIX inventaram o futebol, que se tornou o desporto mais universal de todos os tempos. Com o futebol apareceu o clubismo. Em primeiro lugar o clubismo tem origens geográficas. O exemplo de Portugal até é bom neste aspecto. Os adeptos do Porto são da região Norte, ou nasceram no Norte e emigraram para outras regiões.


    Os adeptos do Benfica e do Sporting é que já fogem a esta lógica, pois são ambos clubes de Lisboa, até, curiosamente, com os respectivos estádios muito perto um do outro. Esta fotografia de satélite, a seguir, evidencia bem esta proximidade:


    Ora a origem do clubismo no espaço europeu está nos jogos gregos na Época Clássica, especialmente nos da cidade de Olímpia, por isso chamados Jogos Olímpicos.

    Os jogos Olímpicos estavam associados à religião,

    ao culto de Zeus, que os romanos adoptaram, mudando-lhe apenas o nome para Júpiter. Foi esta a razão pela qual os cristãos, no tempo do imperador romano Teodósio, massacraram os sacerdotes e as sacerdotisas de Olímpia, numa orgia de sangue e de fundamentalismo religioso.
    Muito antes disso as elites romanas chegaram a participar nos Jogos Olímpicos.
    Digamos que o ‘clubismo’ na Grécia Clássica era um misto de regionalismo citadino e de religiosidade. Ainda hoje há algo de místico no clubismo.
    Socialmente o clubismo está associado às derrotas das maiorias nas sociedades de classes.
    As maiorias são todos os dias derrotadas. A vida dos não privilegiados é uma derrota permanente. Assim, através do clubismo partilham vitórias numa vida cheia de derrotas.
    Excepto nas democracias mais avançadas da Escandinávia, onde há muito menos desigualdades sociais, a vida para a maioria dos eleitores é uma permanente derrota.
    As pessoas gostam de sentir, na vida, a sensação de vitória.

    O clubismo tem uma carga de subjectividade que ultrapassa a chamada racionalidade ideológica. Um exemplo desta superação das divergências ideológicas pode encontrar-se em dois casos concretos do Benfica:
    1) Ribeiro e Castro é adepto do Benfica e já foi líder do partido mais à direita do Parlamento de Portugal que é o CDS/PP;
    2) Jerónimo de Sousa, actual líder do PCP, é também adepto do Benfica.


    Tanto um como outro, já assumiram, claramente, em entrevistas que são adeptos do Benfica, pelo que não há a mínima dúvida deste aspecto.
    No caso de Portugal há quem diga que o facto de o Benfica ser o clube que tem mais adeptos se deve ao facto de ter sido o primeiro clube português com sucesso internacional, tendo vencido duas Taças dos Clubes Campeões Europeus (1961, Benfica 3 - Barcelona 2 e em 1962, Benfica 5 - Real Madrid 3). O Benfica perdeu a Taça Intercontinetal de 1961 para O Peñarol do Uruguai, e a de 1962 para o Santos do Brasil.
    Um factor que potenciou a valorização do Benfica, após o 25de Abril de 2004, foi um dos aspectos fundamentais das ideologias de Esquerda, que é a igualdade de todos os homens perante a lei, e a consequente condenação do racismo. O mais conhecido futebolista do Benfica é Eusébio, de nacionalidade portuguesa, mas de origem africana, natural de Moçambique, que foi um elemento fundamental na melhor classificação de Portugal num Mundial de futebol, que chegou a estar a perder por 3-0, com um dos países designados, actualmente, por contituintes do «Eixo do Mal», pelos neoconservadores, que é a Coreia do Norte. Portugal recuperou para uma vitória de 5-3, depois da Itália, actual campeã do Mundo, ter sido eliminada por esse tal país do «Eixo do Mal».
    A seguir foi o Sporting


    que venceu a então chamada Taça das Taças (1964, Sporting 1 - MTK de Budapeste 0).
    O Porto foi a equipa que mais tempo demorou a atingir o sucesso internacional,


    mas em conquistas de competições internacionais já superou o Benfica, pois venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus/Liga dos Campeões Europeus (1987, Porto 2 - Bayern de Munique 1, e em 2004 Porto 3 - Mónaco 0) por duas vezes, e venceu também a Taça Intercontinental (1987, Porto 2 - Peñarol do Uruguai 1, e em 2004 Porto 4- Once Caldas da Colômbia 3, em penanatis, depois de um empate 0 -0). Venceu também a Taça UEFA (2003, Porto 3 - Celtic 2).
    A selecção de Portugal nunca venceu nehuma grande competição, mas já ficou em terceiro lugar no Campeonato do Mundo e em segundo lugar no Campeonato da Europa.
    O Brasil é a selecção com mais vitórias no Campeonato do Mundo de Futebol e a intensidade do apoio à selecção brasileira supera muito o clubismo interno. Nas relações internacionais, o Brasil destaca-se pelas suas vitórias desportivas, no campeonato do Mundo de futebol, isto é, através de uma actividade de confraternização universal.

    Diferentemente, os Estados Unidos destacam-se nas relações intenacionais pelas guerras, estão quase sempre em guerra.


    O desporto dos norte-americanos mais importante é a Guerra,

    a mais famosa actualmente é a do Iraque, mas Bush já prepara uma nova guerra contra o Irão, que pode ocorrer mesmo.
    No caso da Espanha, a maior rivalidade de clubes é entre o Real Madrid e o Barcelona, mas, esta rivalidade está associada a questões étnicas. O Real Madrid

    é de Castela e o Barcelona da Catalunha, Região Autónoma da Espanha,

    que tem uma língua própria que é o catalão.
    No caso da Inglaterra o clubismo parece estar associado, essencialmente, à geografia, porque as grandes rivalidades são entre clubes de cidades diferentes ou de partes de cidades grandes (como é o caso do Arsenal de Londres e do Chelsea também de Londres).