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quinta-feira, agosto 30, 2007

  • O NEOLIBERALISMO É UMA NOVA RELIGIÃO DO SÉCULO XXI

    No século XIX, os alemães Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels (1820-1895) e Friedrich Nietzsche (1844-1900) disseram que não há uma entidade racional por trás da existência da espécie humana. Consideram que a existência da espécie humana é produto do acaso, dum conjunto de acasos.
    Marx e Engels trabalharam juntos e fizeram a mais profunda crítica ao capitalismo, realizada até hoje. Marx era um académico e Engels um empresário e filósofo. Nietzsche era um filósofo, como os outros dois seus concidadãos. Enquanto Marx e Engels defenderam o igualitarismo social, Nietzsche criou o conceito de «super-homem», que era ateu e desprezava a piedade cristã e as massas populares. Há muitas intepretações de Nietzsche, mas há quem considere que foi a filosofia de Nietzsche com o seu conceito de «super-homem», que levou as elites alemãs a apioarem o nazismo, embora Nietzsche não defenda, explicitamente, uma teoria política semelhante ao nazismo. Há quem diga que na versão de Nietzsche o «super-homem» pode ser qualquer homem que se supere a si mesmo e que supere as teorias que induzem nas pessoas complexos de inferioridade.
    É muito subjectiva a explicação do conceito de «super-homem», definida na obra «Assim falava Zaratustra, um livro para todos e para ninguém» («Also Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen», 1883-85).
    Marx e Engels criaram a ideia de um optimismo histórico, de um sentido para a História. Consideram, que assim como a burguesia desalojou do poder a nobreza e o clero, o proletariado desalojará a burguesia. Propuseram uma sociedade, totalmente, igualitária, sem classes, a que chamaram de comunista. As suas vidas terminaram e as suas teorias ficram apenas como teorias.
    No século XX, o russo Lénine (1870-1924) resolveu aplicá-las no Império Russo, que transformou numa união de repúblicas a que chamou União Soviética (mais precisamente, URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Quando Lénine deixou de viver a União Soviética, era uma ditadura política, e economicamente um misto de empresas estatais e privadas, sistema conhecido por N.E.P..
    O suceessor de Lénine não era russo, mas natural da actual pequena república da Geórgia e chamava-se Estaline (1879-1953). Criou uma ditadura pessoal que era um misto de marxismo-leninismo e czarismo. Estaline cometeu crimes políticos de grandes dimensões, começando por mandar matar destacados elementos do seu próprio partido, como Trotsky (nascido na Ucrânia, 1879-1940). O estalinismo tem várias facetas, sendo uma delas os já referidos crimes políticos de grandes dimensões, a industrialização da URSS, a nacionalização de todas as empresas (todas quer dizer grandes e pequenas, industriais, financeiras, comerciais e agrícolas), e a vitória na II Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e dos Estados Unidos, com a consequente transformação da URSS numa superpotência militar (equipada com bombas atómicas, ainda no tempo de Estaline) mais ou menos a par dos Estados Unidos.
    Estaline morreu em 1953 e foi substituído pelo ucraniano Krushev (1894-1971, também escrevem Kruschov), que denunciou os crimes políticos de Estaline.
    Depois da morte de Estaline, houve muito tempo para reformular o regime, mas ninguém o conseguiu, e este acabou por autodestruir-se. A implosão do regime criado por Lenine deu origem também à implosão da União Soviética, através da separação das repúblicas que constituíam tal união, dirigida a partir de Moscovo, na República da Rússia.
    A República da Rússia deu origem a um Capitalismo Feudal, o primeiro caso na História da Humanidade, pois o regime de Gorbachev (n. 1931) e Ieltsin (1931-2007) doou as empresas do Estado aos seus amigos, vendendo-as a preços simbólicos. As doações foram feitas, essencialmente, por Ieltsin aos seus amigos.
    Seria, mais ou menos, o mesmo que o Estado Português vendesse a Caixa Geral de Depósitos ao engenheiro Belmiro Azevedo por 500 euros, o que seria um excelente negócio para o comprador.
    Este fracasso total e absoluto do regime fundado por Lenine no então Império Russo, transformado na URSS, deu um alento especialmente poderoso ao neoliberalismo, que defendendo a Desigualdade Máxima , se tornou numa religião, porque se baseia em dogmas, isto é, na fé, dos crentes no neoliberalismo, digamos que crentes com vantagens pessoais nessa crença.
    O neoliberalismo defende a maximização da desigualdade e da sensação de insegurança e de medo entre as classes assalariadas.
    Alicerçado na implosão da União Soviética, e no fracasso das teorias igualitaristas, associadas ao marxismo, considera que todo o igualitarismo é contrário à Ciência, e que a «Ciência» impõe a maximização da Desigualdade Social, da opressão feita pelos empregadores (estatais ou privados) e da precaridade no trabalho assalariado.

    O neoliberalismo tornou-se uma nova religião e uma nova moda.
    Aqui temos um adepto do neoliberalismo, na cadeia, mais concretamente numa cadeia dos Estados Unidos!!! (Presumivelmente, poderá tratar-se de mais uma vítima do «Patriot Act», denunciado por algum vizinho com outros dogmas, como suspeito de poder vir a ser suspeito de terrorismo. Este não foi para Guantánamo, nem para a Polónia para Guantánamoschwitz. E também não foi condenado à morte.) O mais curioso disto tudo, é que esta fotografia não tem efeitos especiais, não é qualquer tipo de montagem, é autêntica, é verídica:



    O Cazaquistão (que foi muito maltratado num filme recente) também aparece no mapa dos computadores que ligam para este site.