Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sábado, agosto 25, 2007

  • EDUARDO PRADO COELHO E O PENSAMENTO DE ESQUERDA

    Globalmente, Eduardo Prado Coelho foi um dos representantes do pensamento de Esquerda.
    25 de Agosto de 2007 foi o dia do fim da linha para Eduardo Prado Coelho.
    Tendo um pensamento de Esquerda, consistente, o seu maior defeito era que por ser próximo do Partido Socialista, quando este partido ia para o governo, não se distanciava suficientemente do poder.
    A expressão do pensamento político mais consistente impõe o distanciamento do Poder, seja quem for que lá esteja.
    Quando a Direita tradicional estava no poder a expressão do pensamento político de EPC era muito mais coerente. Quando o PS estava no poder essa coerência diminuía muito, quando se punha a defender o poder.
    Ora, o poder é por natureza uma entidade contraditória, da qual se deve desconfiar sempre.
    A defesa do poder é um erro, muito mais certo é a continuidade do distanciamento do poder.
    EPC desapareceu da vida antes do tempo, visto que a esperança média de vida em Portugal é de 78 anos.

    « Eduardo Prado Coelho (Lisboa, 29 de Março de 1944 - Lisboa, 25 de Agosto de 2007) foi um escritor e professor universitário português.
    Filho do catedrático Jacinto do Prado Coelho, licencia-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em 1983, com uma tese a que deu o título de A Noção de Paradigma nos Estudos Literários e foi assistente entre 1970 e 1983. Em 1984, passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde foi até há pouco tempo professor associado no Departamento de Ciências da Comunicação.
    Em 1975-76, foi Director-Geral de Acção Cultural no Ministério da Cultura criado com a Revolução de Abril. Em 1988, foi para Paris ensinar no Departamento de Estudos Ibéricos da Universidade de Sorbonne - Paris III. Entre 1989 e 1998 foi conselheiro-cultural na Embaixada de Portugal em Paris. Foi Comissário para a Literatura e o Teatro da Europália Portuguesa (em 1990). Colaborou na área de colóquios na Lisboa Capital Europeia da Cultura 94. Em 1997, tornou-se director do Instituto Camões em Paris.
    Regressou a Portugal em Outubro de 1998, tendo voltado a ser professor na Universidade Nova de Lisboa. Foi o comissário da participação portuguesa no Salon du Livre /2000.
    Teve ampla colaboração em jornais e revistas e publicou uma crónica semanal no jornal Público. Foi autor de uma ampla bibliografia universitária e ensaística, onde se destacam um longo estudo de teoria literária (Os Universos da Crítica), vários livros de ensaios (O Reino Flutuante, A palavra sobre a palavra, A letra litoral, A mecânica dos fluidos, A noite do mundo) e dois volumes de um diário (Tudo o que não escrevi). Em 1996, recebeu o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores e, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom.
    Foi membro do Conselho Directivo do Centro Cultural de Belém, ex-membro do Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM), ex-membro do Conselho de Opinião da Radiodifusão Portuguesa e ex-membro do Conselho de Opinião da Radiotelevisão Portuguesa.
    Foi premiado, em 2004, com o Prémio Arco-íris, da Associação ILGA Portugal , pelo seu contributo na luta contra a discriminação e homofobia.
    Publicou recentemente Diálogos sobre a fé (com D. José Policarpo) e Dia Por Ama (com Ana Calhau), sendo Nacional e Transmissível (Guerra e Paz, 1ªedição 2006) o seu último livro editado.
    Faleceu a 25 de Agosto de 2007 em Lisboa. »