DIA DE PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA
Mas afinal o que é Portugal? E quem são os portugueses?
Portugal é o Estado Europeu com fronteiras ESTÁVEIS mais antigas. Nos finais do século XIII (1297) foram fixadas as actuais fronteiras portuguesas, através de um acordo com o Reino de Castela, que ficou conhecido por Tratado de Alcanices, que foi assinado pelo rei de Portugal D. Dinis. A oscilação fronteiriça foi muito pequena até hoje, tendo sido maior no Alentejo, na região de Olivença, perdida para Espanha no século XIX, devido à negligência dos diplomatas portugueses, visto que os espanhóis, em princípio, estavam dispostos a devolver Olivença a Portugal. As fronteiras portuguesas, são muito claras desde 1297, porque são estabelecidas, em grande parte por rios e ribeiros. Nessa altura o Estado Espanhol nem sequer existia.
Até 1297 as fronteiras portuguesas oscilaram.
A origem de Portugal está no Condado Portucalense, situado entre o rio Minho e o rio Mondego.
O fundador do Estado Português, D. Afonso Henriques, foi reconhecido como rei em 1143 de Portugal, pelo Tratado de Zamora, pelo imperador de Leão e Castela.
(Bandeira de D. Afonso Henriques, logo a primeira bandeira de Portugal)
Nesse contexto feudal o rei de Portugal era vassalo do imperador de Leão e Castela, pelo que a independência era relativa.
No ano de 1179, quando já não havia o título de imperador em Leão e Castela, o papa Alexandre III, o chefe religioso, político e militar do Ocidente aceitou o rei de Portugal D. Afonso Henriques como seu vassalo directo, pelo que Portugal passou a ser 100% independente, através da Bula Manifestis Probatum, de 23 de Maio.
Portugal nasce no contexto das guerras religiosas entre cristãos e muçulmanos, que dominaram a Península Ibérica no ano de 711, quando aniquilaram o exército dos Visigodos, que nessa altura eram cristãos.
O território português foi crescendo de Norte para Sul à medida que o poder militar dos muçulmanos enfraquecia. O último reino muçulmano na Península Ibéria foi o de Granada, durante muito tempo tolerado pelos castelhanos. Quando se formou o Estado Espanhol, através do casamento do rei de Aragão D. Fernando com a rainha de Castela D. Isabel é que decidiram entrar em guerra com o reino de Granada que foi vencido, nos finais do século XV (1492). Não houve problemas na União dos reinos de Aragão e Castela, porque o macho nesse casamento era do reino mais pequeno e militarmente mais fraco.
As ligações perigosas familiares entre Portugal e Castela colocaram em perigo a independência de Portugal. A herdeira do trono, D. Beatriz, filha do rei D. Fernando I, estava casda com o rei de Castela, em 1383, quando o seu pai e rei de Portugal morreu. A Revolução de 1383, iniciada em Lisboa, levou ao trono o filho ilegítimo de D. Pedro I, que se tornou o rei D. João I, que venceu os castelhanos na decisiva batalha de Aljubarrota, em 1385, em que usou esta bandeira
Foi durante o reinado de D. João I que os portugueses iniciaram os Descobrimentos Marítmos, que permitiram o conhecimento do Planeta Terra. Os descobrimentos portugueses, num muito difícil processo de longa duração (1415-1498) permitiram conhecer o caminho marítimo para a Índia. O rei D. João II, que mandou matar e matou o Duque de Viseu e o Duque de Bragança, esta casa nobre com origem na actividade 'imoral'- extraconjugal de D. João I, foi o rei-Brasil. Ainda hoje misteriosamente, D. João II exigiu que o Brasil ficasse para Portugal 'mesmo antes de ser conhecido', quando assinou o Tratado de Tordesilhas com Castela, no ano de 1494. O Brasil, enquanto Estado de língua portuguesa, tem origem numa decisão do rei de Portugal D. João II, intransigente em ficar com o Brasil 'sem saber que ele existia' (??!!), um mistério que nem portugueses nem brasileiros conseguiram ainda desvendar.
O italiano Cristóvão Colombo, trabalhando para Espanha, descobriu a América num grande golpe de coragem, de sorte, e de erros de Matemática.
Uma coisa são os descobrimentos em si, outra coisa a Barbárie Colonial posterior, como os genocídios de índios realizados pelos espanhóis, pelos portugueses e pelos ingleses. A Matemática da Barbárie Colonial é ATERRADORA - em 1520 havia na América espanhola 70 (setenta) milhões de índios, em 1650 só 5 (cinco) milhões...!!!... No México havia 25 (vinte e cinco) milhões de índios em 1520, mas em 1650 já só havia 1 (um) milhão!!!!!!!...
As ligações familiares perigosas continuaram. O rei D. Manuel I casou com uma princesa espanhola, e depois da morte de D. Sebastião na batalha suicidária de Alcácer-Quibir, em Marrocos, o neto do rei de Portugal D. Manuel I, Filipe II de Espanha, após a morte do rei indeciso D. Henrique, depois de vencer militarmente as tropas portuguesas nacionalistas, junto à ribeira de Alcântara em Lisboa, chefiadas por D. António, prior do Crato, tornou-se rei de Portugal. Entre 1580 e 1640 Portugal teve três reis espanhóis mas manteve a sua autonomia e a sua bandeira
Esta foi a bandeira da Liberdade na guerra-civil de 1832-34, do Duque de Bragança e ex-rei D. Pedro IV, que se manteve após a vitória dos liberais sobre a Ditadura absolutista de D. Miguel, até ao fim da monarquia
Com a Ditadura do rei D. Carlos I e do seu protegido João Franco a bandeira de D. Pedro deixou de ser a bandeira da Liberdade.
Como resposta a esta Ditadura foi implantada a República em 5 de Outubro de 1910 e a bandeira da Liberdade e da República passou a ser esta, que Salazar não teve a coragem de mudar, e assim se manteve até hoje
E os portugueses quem são? São produto de uma miscigenação, de uma mistura de raças, nomeadamente dos iberos, que vieram do Norte de África e deram o nome à Península, dos celtas, que vieram do território da França actual, dos romanos, que vieram da Itália, dos bárbaros Suevos e Visigodos, integrados na religião dos romanos, que era o Cristianismo e dos muçulmanos que eram árabes com origem na Arábia e berberes com origem no território de Marrocos. E também para cá vieram judeus, inicialmente bem tolerados, quer pelos muçulmanos, quer pelos portugueses.
Há quem diga que os portugueses têm origem nos lusitanos, mistura de iberos e de celtas. No entanto grande parte dos lusitanos viviam no actual território de Espanha e por lá ficaram.
Os portugueses são muito mais romanos que lusitanos. A partir do ano de 212, todos os homens livres do território que hoje é Portugal passaram a ser cidadãos romanos, tal como todos os outros homens livres do Império Romano, que há muito que tinha deixado de ser dominado pelos italianos. Trajano, o mais poderoso de todos os imperadores romanos, o mais eficiente chefe militar, que levou o império romano à sua máxima extensão, era “espanhol”, nasceu no actual território da Espanha.
Ora os portugueses mais antigos não tinham a religião dos lusitanos, não falavam a língua dos lusitanos, e boa parte dos lusitanos viveram sempre no território de Castela... mas tinham a religião dos romanos, o Cristianismo, e falavam uma evolução da língua dos romanos que era o latim.
O casamento monogâmico foi imposto pelo Direito Romano, muito antes do Cristianismo. Muitas cidades portuguesas foram fundadas pelos romanos, mantendo ainda uma o nome original, que é Braga, a que os romanos chamavam Bracara.
Depois dos Descobrimentos marítimos e do fim do império, Portugal integrou-se na União Europeia. As três línguas mais faladas no mundo, da União Europeia, são em primeiro o inglês, depois o castelhano e a seguir o português, sendo por isso a língua portuguesa mais falada que a francesa e que a alemã.
Agora o destino de Portugal está estruturalmente ligado à União Europeia, sendo a actual crise portuguesa um reflexo da crise da União Europeia. Os sucessos e os erros da União Europeia afectam e afectarão intensamente Portugal.
Portugal é o Estado Europeu com fronteiras ESTÁVEIS mais antigas. Nos finais do século XIII (1297) foram fixadas as actuais fronteiras portuguesas, através de um acordo com o Reino de Castela, que ficou conhecido por Tratado de Alcanices, que foi assinado pelo rei de Portugal D. Dinis. A oscilação fronteiriça foi muito pequena até hoje, tendo sido maior no Alentejo, na região de Olivença, perdida para Espanha no século XIX, devido à negligência dos diplomatas portugueses, visto que os espanhóis, em princípio, estavam dispostos a devolver Olivença a Portugal. As fronteiras portuguesas, são muito claras desde 1297, porque são estabelecidas, em grande parte por rios e ribeiros. Nessa altura o Estado Espanhol nem sequer existia.
Até 1297 as fronteiras portuguesas oscilaram.
A origem de Portugal está no Condado Portucalense, situado entre o rio Minho e o rio Mondego.
O fundador do Estado Português, D. Afonso Henriques, foi reconhecido como rei em 1143 de Portugal, pelo Tratado de Zamora, pelo imperador de Leão e Castela.
(Bandeira de D. Afonso Henriques, logo a primeira bandeira de Portugal)
Nesse contexto feudal o rei de Portugal era vassalo do imperador de Leão e Castela, pelo que a independência era relativa.
No ano de 1179, quando já não havia o título de imperador em Leão e Castela, o papa Alexandre III, o chefe religioso, político e militar do Ocidente aceitou o rei de Portugal D. Afonso Henriques como seu vassalo directo, pelo que Portugal passou a ser 100% independente, através da Bula Manifestis Probatum, de 23 de Maio.
Portugal nasce no contexto das guerras religiosas entre cristãos e muçulmanos, que dominaram a Península Ibérica no ano de 711, quando aniquilaram o exército dos Visigodos, que nessa altura eram cristãos.
O território português foi crescendo de Norte para Sul à medida que o poder militar dos muçulmanos enfraquecia. O último reino muçulmano na Península Ibéria foi o de Granada, durante muito tempo tolerado pelos castelhanos. Quando se formou o Estado Espanhol, através do casamento do rei de Aragão D. Fernando com a rainha de Castela D. Isabel é que decidiram entrar em guerra com o reino de Granada que foi vencido, nos finais do século XV (1492). Não houve problemas na União dos reinos de Aragão e Castela, porque o macho nesse casamento era do reino mais pequeno e militarmente mais fraco.
As ligações perigosas familiares entre Portugal e Castela colocaram em perigo a independência de Portugal. A herdeira do trono, D. Beatriz, filha do rei D. Fernando I, estava casda com o rei de Castela, em 1383, quando o seu pai e rei de Portugal morreu. A Revolução de 1383, iniciada em Lisboa, levou ao trono o filho ilegítimo de D. Pedro I, que se tornou o rei D. João I, que venceu os castelhanos na decisiva batalha de Aljubarrota, em 1385, em que usou esta bandeira
Foi durante o reinado de D. João I que os portugueses iniciaram os Descobrimentos Marítmos, que permitiram o conhecimento do Planeta Terra. Os descobrimentos portugueses, num muito difícil processo de longa duração (1415-1498) permitiram conhecer o caminho marítimo para a Índia. O rei D. João II, que mandou matar e matou o Duque de Viseu e o Duque de Bragança, esta casa nobre com origem na actividade 'imoral'- extraconjugal de D. João I, foi o rei-Brasil. Ainda hoje misteriosamente, D. João II exigiu que o Brasil ficasse para Portugal 'mesmo antes de ser conhecido', quando assinou o Tratado de Tordesilhas com Castela, no ano de 1494. O Brasil, enquanto Estado de língua portuguesa, tem origem numa decisão do rei de Portugal D. João II, intransigente em ficar com o Brasil 'sem saber que ele existia' (??!!), um mistério que nem portugueses nem brasileiros conseguiram ainda desvendar.
O italiano Cristóvão Colombo, trabalhando para Espanha, descobriu a América num grande golpe de coragem, de sorte, e de erros de Matemática.
Uma coisa são os descobrimentos em si, outra coisa a Barbárie Colonial posterior, como os genocídios de índios realizados pelos espanhóis, pelos portugueses e pelos ingleses. A Matemática da Barbárie Colonial é ATERRADORA - em 1520 havia na América espanhola 70 (setenta) milhões de índios, em 1650 só 5 (cinco) milhões...!!!... No México havia 25 (vinte e cinco) milhões de índios em 1520, mas em 1650 já só havia 1 (um) milhão!!!!!!!...
As ligações familiares perigosas continuaram. O rei D. Manuel I casou com uma princesa espanhola, e depois da morte de D. Sebastião na batalha suicidária de Alcácer-Quibir, em Marrocos, o neto do rei de Portugal D. Manuel I, Filipe II de Espanha, após a morte do rei indeciso D. Henrique, depois de vencer militarmente as tropas portuguesas nacionalistas, junto à ribeira de Alcântara em Lisboa, chefiadas por D. António, prior do Crato, tornou-se rei de Portugal. Entre 1580 e 1640 Portugal teve três reis espanhóis mas manteve a sua autonomia e a sua bandeira
Esta foi a bandeira da Liberdade na guerra-civil de 1832-34, do Duque de Bragança e ex-rei D. Pedro IV, que se manteve após a vitória dos liberais sobre a Ditadura absolutista de D. Miguel, até ao fim da monarquia
Com a Ditadura do rei D. Carlos I e do seu protegido João Franco a bandeira de D. Pedro deixou de ser a bandeira da Liberdade.
Como resposta a esta Ditadura foi implantada a República em 5 de Outubro de 1910 e a bandeira da Liberdade e da República passou a ser esta, que Salazar não teve a coragem de mudar, e assim se manteve até hoje
E os portugueses quem são? São produto de uma miscigenação, de uma mistura de raças, nomeadamente dos iberos, que vieram do Norte de África e deram o nome à Península, dos celtas, que vieram do território da França actual, dos romanos, que vieram da Itália, dos bárbaros Suevos e Visigodos, integrados na religião dos romanos, que era o Cristianismo e dos muçulmanos que eram árabes com origem na Arábia e berberes com origem no território de Marrocos. E também para cá vieram judeus, inicialmente bem tolerados, quer pelos muçulmanos, quer pelos portugueses.
Há quem diga que os portugueses têm origem nos lusitanos, mistura de iberos e de celtas. No entanto grande parte dos lusitanos viviam no actual território de Espanha e por lá ficaram.
Os portugueses são muito mais romanos que lusitanos. A partir do ano de 212, todos os homens livres do território que hoje é Portugal passaram a ser cidadãos romanos, tal como todos os outros homens livres do Império Romano, que há muito que tinha deixado de ser dominado pelos italianos. Trajano, o mais poderoso de todos os imperadores romanos, o mais eficiente chefe militar, que levou o império romano à sua máxima extensão, era “espanhol”, nasceu no actual território da Espanha.
Ora os portugueses mais antigos não tinham a religião dos lusitanos, não falavam a língua dos lusitanos, e boa parte dos lusitanos viveram sempre no território de Castela... mas tinham a religião dos romanos, o Cristianismo, e falavam uma evolução da língua dos romanos que era o latim.
O casamento monogâmico foi imposto pelo Direito Romano, muito antes do Cristianismo. Muitas cidades portuguesas foram fundadas pelos romanos, mantendo ainda uma o nome original, que é Braga, a que os romanos chamavam Bracara.
Depois dos Descobrimentos marítimos e do fim do império, Portugal integrou-se na União Europeia. As três línguas mais faladas no mundo, da União Europeia, são em primeiro o inglês, depois o castelhano e a seguir o português, sendo por isso a língua portuguesa mais falada que a francesa e que a alemã.
Agora o destino de Portugal está estruturalmente ligado à União Europeia, sendo a actual crise portuguesa um reflexo da crise da União Europeia. Os sucessos e os erros da União Europeia afectam e afectarão intensamente Portugal.