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domingo, maio 21, 2006

  • GUERRAS RELIGIOSAS E UMA ARISTOCRACIA RELIGIOSA CRISTÃ

    O «CÓDIGO DA VINCI» NUM CONTEXTO DE PRÉ-GUERRA ENTRE AS DUAS GRANDES RELIGIÕES MONOTEÍSTAS

    Os Estados Unidos devem ser o país do Mundo em que há mais variantes do Cristianismo.
    Nos Estados Unidos há milhares de homens e de mulheres que escrevem livros. Dentre este grande conjunto, Dan Brown teve a ideia de desenvolver o tema de uma Aristocracia Religiosa Cristã, com base no hipotético casamento de Jesus Cristo com Maria Madalena, de que terá nascido uma filha, chamada Sara, que manteve a Linhagem Aristocrática Cristã, até aos nossos dias. Uma das características de Dan Brown é que sempre recusou a Moral do Escravo, e sempre que caía tentava reerguer-se. Com esta ideia fulcral Dan Brown ultrapassou todos os norte-americanos que escrevem livros, e ganhou uma grande fortuna com um livro em dois anos.

    Brown ornou a ideia, fundamentalmente, com três pinturas do italiano Leonardo da Vinci (1452-1519), «Mona Lisa» (1502), «A Virgem dos Rochedos» (1508) e «A Última Ceia» (1495-1498), a que acrescentou o desenho «O Homem-Padrão de Vitrúvio» (1485-1490).




    Daqui o nome do livro e do filme «The Da Vinci Code», literalmente na língua portuguesa «O Código Da Vinci».
    Esta ideia de Dan Brown insere-se no recrudescimento da religiosidade.
    Brown ataca violentamente a Igreja Católica, especialmente a Opus Dei.
    Os argumentos de Dan Brown dependem do ponto de vista:

    1) Para os ateus, a Bíblia é um livro de histórias cor-de-rosa, com um final cor-de-rosa, associadas a histórias violentas, como a Tortura até à Morte na Cruz, pena usual no Império Romano, e já também durante a República Romana, foi utilizada em muitíssimo grande escala para muitos dos escravos, depois da derrota final, da Revolta de Spartacus (73-71 a. C.), sofrendo lentamente a agonia final em cruzes colocadas ao longo das estradas.
    Spartacus era um pastor trácio, feito escravo e gladiador, que liderou uma das revoltas sociais mais conhecidas de todos os tempos, a revolta dos escravos contra os seus donos, que lançou a República Romana no caos. Foi necessário um exército de dez legiões romanas, sob o comando de Licínio Crasso para derrotar o exército de escravos de Spartacus.
    Para estes ateus o Cristianismo era apenas uma entre muitas religiões do Império Romano.
    O imperador entre 306 e 337, Constantino era também o Supremo Sacerdote. Legalizou o Cristianismo, e na agonia que prcedeu a sua morte converteu-se ao Cristianismo.
    O Imperador, que nasceu no território da Galiza, Flavius Theodosius governou de 379 a 395. No ano de 380 escolheu o Cristianismo para religião do Estado Romano, segundo o critério um só imperador e um só deus, e a capital do Império Romano passou a ser a capital do Cristianismo. Pressionado pelos fundamentalistas cristãos no ano de 392 proibiu todas as outras religiões, classificadas pelos fundamentalistas cristãos depreciativamente de «pagãs». Iniciou-se então uma das mais destruidoras e sanguinárias perseguições religiosas da história da humanidade, em nome de um deus bom e misericordioso. A Grécia foi particularmente oprimida pelos cristãos, que até proibiram os Jogos Olímpicos.
    O Cristianismo, para os ateus, é a expressão da Cultura Romana, que ultrapassou as fronteiras do Império e o tempo cronológico do Império Romano, representando o triunfo Planetário da Cultura do Império Romano.
    Esta é, em síntese, a perspectiva dos ateus, e também dos agnósticos.

    2) O alemão Martinho Lutero (1483-1546) traduziu a Bíblia para a sua língua alemã, e rompeu com o papa, fundando o protestantismo, baseado na livre-interpretação da Bíblia, na recusa da autoridade do papa, na rejeição dos santos e do culto da Virgem Maria, e na aceitação do casamento dos elementos do clero.
    As religiões cristãs protestantes que proliferam nos Estados Unidos tem origem remota em Martinho Lutero, e na sua tradução da Bíblia. Depois de traduzida para a língua alemã passou a ser traduzida para todas as outras línguas, gradualmente.

    3) O Graal ou Santo Graal seria o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia, no qual José de Arimateia teria colocado sangue de Cristo, que escorreria do seu corpo trespassado por um militar romano.
    Muitos romances medievais falam da procura do Cálice Sagrado ou Graal, ou Santo Graal, pelos cavaleiros do Rei Artur.
    Este rei lendário Celta, de Gales, (final do século V – início do século VI), representa um alto símbolo da resistência Celta aos Anglo-Saxões, que dominavam a Inglaterra.

    4) Outro aspecto a salientar foi a selvática Caça às Bruxas pelos Cristãos, no contexto da qual multidões de mulheres foram Torturadas Até à Morte, em gigantescas fogueiras, em lume brando, soltando monumentais gritos do Desespero Humano. A entidade encarregada desta Barbárie do Ocidente foi a Inquisição, entidade que silenciava o Livre-Pensamento, e que ainda hoje existe no Ocidente, enquanto Censura aos livros que exprimem o Livre-Pensamento, Censura Discreta, mas muito Eficiente... quando esse Livre-Pensamento questiona os fundamentos dessa própria Civilização Ocidental, e os seus Dogmas 'Indiscutíveis', e a sua mitologia, mesmo que seja através da ficção. A Censura do Livre-Pensamento é uma prática típica da Inquisição. Censurar o Livre-Pensamento é assasssinar a Liberdade de Expressão de Pensamento.

    5) Para os crentes a explicação do Cristianismo é muito diversa, porque há muitas religiões que se consideram cristãs.

    6) O filósofo dinamarquês Quirquegórde (1813-1855) associa a religiosidade ao Desespero Humano, e fazendo uma livre-inteprtação de Kierkegaard, haverá religiões enquanto houver Desespero Humano, e haverá Desespero Humano enquanto a Humanidade existir…