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«A Investigação
25 - João A. - breve análise a uma testemunha
Acusou caluniosamente Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso, Jaime Gama, Chalana, Carlos Cruz e muitos outros. Foi acompanhado de perto por Octávio Lopes, o jornalista do Correio da Manhã, que apelidou todos os que o desmentiam como o «inimigo». Eis uma análise ao que o Correio da Manhã publicou sobre este indivíduo de 23 anos e o seu percurso no processoTambém pode ler o relatório confidencial do SIS e as mais que prováveis ligações à rede internacional dirigida por Jean Pierre Roffi, entre outros estrangeiros que usaram Portugal como centro das suas operações de pornografia infantil. Todos saíram do país sem que ninguém os importunasse. Eis alguns episódios sobre as relações entre o Correio da Manhã e a testemunha conhecida como João A. (Ricardo O.), homem de 23 anos, ex-casapiano.
Este estudo é apenas uma pequena parcela do que preparei com vista à publicação de um livro sobre este processo da Casa Pia.Recomendo que inicie a leitura a partir do final desta página. Na coluna da esquerda encontram-se os links das notícias publicadas pelo Correio da Manhã, relacionadas com João A. Na coluna da direita, encontram-se várias notas do reporterX, com acesso a documentação vária e que permitem perceber um pouco do que se passou paralelamente a cada uma das notícias.
Artigos do CM: Notas e Observações do reporterX:
- Domingo, 15 Agosto 2004 - 00:00
MAIS RISCO PARA VÍTIMAS Nas cassetes roubadas ao jornalista do ‘CM’, Octávio Lopes, há testemunhas do processo que ficarão expostas, caso a publicação das conversas continue. O perigo que correrão pode ser de vida
Nas cassetes consta existir uma gravação em que Octávio Lopes fala com João A., onde este relata encontros noutras casas, que nada têm a ver com aquilo que disse no processo. Nenhuma dessas discrepâncias, que indicam claramente inquinação e mentira, foi investigada e muito menos divulgada aos leitores daquele jornal.
- Sabado, 31 Julho 2004 - 00:00
ALUNOS DA CASA PIA EM FILMES PEDÓFILOS Miguel e Pedro são dois ex-alunos da Casa Pia que, em 1989/90, eram conhecidos no mercado internacional de filmes pedófilos. Prova disso é que, num catálogo de 1993/94, publicado em França, são várias as cassetes (com preços a rondar os 700 francos, cerca de 107 euros) em que ambos aparecem como grandes estrelas em aventuras sexuais a sós ou com outros jovens, quase sempre com o mar por perto. Na altura, Miguel teria 8/9 anos Pedro não ultrapassava os 13/14.
O personagem apresentado como Miguel é na realidade João A. A rede onde estaria envolvido nos filmes pornográficos, parece ser a de Jean Pierre Roffi, detectada pelo SIS, como consta neste
documento confidencial dos serviços secretos portugueses.
Por altura deste artigo do CM (Julho de 2004), João A. deslocou-se à Casa Pia e disse a várias pessoas que se preparava para deixar Portugal rumo à Holanda, afirmando que esta sua viagem era realizada com o conhecimento da PJ.
João A. é arguido em vários processos contra si movidos por Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, entre outros.
- Sexta-feira, 2 Janeiro 2004 - 00:00
JOÃO A. É TESTEMUNHA FIÁVEL PARA MINISTÉRIO PÚBLICO João A. é uma das testemunhas arroladas pelo Ministério Público que os peritos do Instituto de Medicina Legal consideram fiável, no tocante à questão da credibilidade, adiantou ao CM, fonte da investigação do processo de pedofilia da Casa Pia.
- Quarta-feira, 24 Dezembro 2003 - 00:00
VÍTIMAS SÓ PEDEM JUSTIÇA NO NATAL Para as alegadas vítimas do processo Casa Pia os dias são vividos a papel quimico desde há um ano. Nem no Natal será diferente. A excepção é a ementa na noite da Consoada – apesar de algumas dificuldades, não faltará o bacalhau e os doces tradicionais do Natal. Todos têm ainda outra coisa em comum: a prenda que mais desejam não depende do Pai Natal. Depende da Justiça. Ou seja, todos querem que justiça seja feita.
19 de Novembro de 2003. João A desloca-se à PJ para ser ouvido pelo inspector Dias André.
Acusa novamente Ferro Rodrigues, Chalana, Jaime Gama, Paulo Pedroso, Carlos Cruz, Jorge Ritto, José Pires, Magalhães e agora até um futebolista, Carlos Manuel, Luis Rebelo (Provedor) e Manuel Abrantes.
Em nenhum momento lhe são pedidos pormenores sobre datas, localizações, detalhes geográficos ou pessoais. Nada.
Em nenhum momento houve algum tipo de investigação, por mínima que fosse, que tivesse como objectivo testar a veracidade dos relatos desta testemunha. Nada. Rigorosamente nada.
Dez dias antes, a 10 de Novembro de 2003, logo após a confirmação da liderança de Ferro Rodrigues no PS, este era vítima de uma caluniosa
manchete do Correio da Manhã, que tinha como fonte Adelino Salvado, (
ler telefonemas) director-geral da PJ e superior hierárquico de Dias André e Rosa Mota.
- Sexta-feira, 19 Setembro 2003 - 01:31
GRANJA PERDOA JOÃO A. Adelino Granja assegurou ontem que não vai avançar com uma queixa-crime contra o jovem João A.
- Quinta-feira, 18 Setembro 2003 - 00:00
JOÃO A. ESTÁ ARREPENDIDO João A. está arrependido de ter ameaçado de morte o advogado Adelino Granja. De acordo com o que o CM apurou, o jovem ex-casapiano e uma das 32 testemunhas que vão ser ouvidas nas inquirições para "memória futura", não gostou de ter lido nos jornais que Adelino Granja afirmasse que ele seria uma das vítimas da pedofilia que estava a mentir.
- Sabado, 13 Setembro 2003 - 01:49
ESTOU ANSIOSO POR TESTEMUNHAR ‘João A.’ (nome fíctício), ex-casapiano, assegura que é um dos 32 jovens que vai depor no processo Casa Pia.
- Segunda-feira, 8 Setembro 2003 - 00:46
ADELINO GRANJA: NUNCA DISSE QUE HAVIA CRIANÇAS A MENTIR Adelino Granja, antigo casapiano, assegura ao ‘CM’ que não tem qualquer problema com Pedro Namora e diz que vai continuar a lutar contra a pedofilia.
- Segunda-feira, 8 Setembro 2003 - 00:31
DENÚNCIAS DE PEDOFILIA INUNDAM RTP Já há denúncias de alegados pedófilos na RTP, assegurou ontem ao CM a porta-voz da Comissão de Trabalhadores da televisão pública, Margarida Ferreirinha. Além dos dois casos que chegaram à CT, o CM sabe que nos corredores da empresa sediada na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, as conversas têm girado à volta de eventuais comportamentos “menos correctos” de algumas pessoas que estão ou já passaram pela RTP.
- Sabado, 26 Julho 2003 - 00:18
NÃO HÁ PROSTITUTOS ENTRE AS TESTEMUNHAS Pedro Strecht, o pedopsiquiatra que lidera o gabinete de apoio às vítimas da pedofilia da Casa Pia, assegura que ainda há muitos abusadores que não estão detidos e que o número de casapianos que garantem ter sido violados não parou de subir desde Fevereiro, altura em que já eram contabilizados mais de 100
Não obstante estas afirmações de Pedro Strecht, alguns meses depois é o mesmo CM quem publica
esta notícia onde se confirma a participação de João A em filmes pornográficos, em 1989. Precisamente na altura em que Jean Pierre Roffi, um conhecido pedófilo com ligações a redes de pornografia infantil, vivia nessa mesma zona. Roffi saiu do país em total traquilidade e nunca seria sequer abordado pela PJ. Ler
aqui o relatório do SIS acerca da rede comandada por Roffi.
Não obstante a clara e evidente ligação, nada foi investigado pela PJ.
Como também não se percebe como pôde Roffi sair com total impunidade de Portugal.
Quem o protegia?
- Quinta-feira, 24 Julho 2003 - 00:00
TESTEMUNHA TENTA MATAR-SE João A., o jovem ex-casapiano, de 21 anos, que assegura ter sido abusado sexualmente por Carlos Silvino, Jorge Ritto e Paulo Pedroso, tentou ontem suicidar-se, através da ingestão de comprimidos para dormir.
- Quarta-feira, 21 Maio 2003 - 00:26
JOÃO A.: VOU DORMIR MAIS DESCANSADO João A., ex-aluno da casa Pia que assegura ter sido violado e espancado várias vezes por Jorge Ritto, destacou ontem ao CM que vai poder, “finalmente”, ter alguma “paz”. “Vou dormir mais descansado. Espero que, a partir de agora, acabem as ameaças de morte que tenho recebido pelo telefone. A última foi há três dias. É por isso que digo que a prisão dele devia ter acontecido há mais tempo”, frisou.
Depois desta «conversa» com o Correio da Manhã, João A. é ouvido novamente em 18 de Junho de 2003, pela inspectora Rosa Mota, num depoimento «alucinante», onde coloca na mesma casa, Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Carlos Cruz, Paulo Pedroso, Chalana, o provedor Luis Rebelo e ainda os educadores José Pires e Magalhães. Refere que na casa se serviam bebidas alcoólicas, cocaína e heroína e que fora sempre acompanhado por um seu colega chamado Sócrates, colega este que nunca seria contactado pelos investigadores. Em nenhum momento é interrogado sobre aspectos de pormenores, que permitiriam facilment constatar a incredibilidade do seu depoimento.
Depois do interrogatório, João A. é levado a Cascais pelos inspectores da PJ, e faz o reconhecimento de local, identificando a casa de Cascais como sendo a de Jorge Ritto, onde teria tido relações com o embaixador em 1996.
Ora, Jorge Ritto deixara essa casa em Agosto de 1986, ou seja, 10 anos antes.
- Quinta-feira, 8 Maio 2003 - 00:00
ASSESSOR DO MARIA PIA INVESTIGADO PELA PJ António Magalhães, assessor da directora do colégio Maria Pia, está a ser investigado pela Polícia Judiciária, bem como pela inspecção da Segurança Social que está a efectuar a sindicância à Casa Pia.
- Quarta-feira, 7 Maio 2003 - 02:10
JOÃO A. AMEAÇADO DE MORTE João A., um dos jovens que denunciou ter sido violado por Carlos Silvino, pelo embaixador Jorge Ritto e por mais dois funcionários da Casa Pia, está a ser ameaçado de morte.
- Sexta-feira, 28 Fevereiro 2003 - 01:18
JOÃO A. VAI DEPOR À SEGURANÇA SOCIAL João A., o ex-aluno da casa Pia que assegura ter sido violado por Carlos Silvino, ‘ Bibi’ e Jorge Ritto, vai prestar depoimento na Segurança Social, no âmbito do processo disciplinar que a Casa Pia instaurou ao funcionário A.P.
- Sexta-feira, 21 Fevereiro 2003 - 01:38
RITTO AFIRMA QUE SÓ FALA EM TRIBUNAL O embaixador Jorge Ritto, que tem sido associado à rede de pedofilia da Casa Pia, só falará “nos locais próprios, como o tribunal” e se for notificado”. A garantia foi dada ontem pelo próprio embaixador, quando abordado por uma equipa da TVI.
- Sexta-feira, 7 Fevereiro 2003 - 00:00
RITTO DESMENTE JOÃO A. O embaixador Jorge Ritto enviou ontem ao Correio da Manhã um faxe em que, invocando o direito de resposta, desmente as declarações de João A., ex-aluno da Casa Pia, na entrevista publicada, quarta-feira, nas páginas do nosso jornal.
- Quarta-feira, 5 Fevereiro 2003 - 00:42
FUI VIOLADO E ESPANCADO João A., ex-aluno da Casa Pia, acedeu a contar ao CM o que lhe aconteceu enquanto esteve na instituição actualmente dirigida por Catalina Pestana. Recorda, com lágrimas nos olhos, que o diplomata usava sempre preservativo e óleos quando fazia sexo anal e que tinha sempre com ele uma pessoa que gravava tudo o que fazia.
- Terca-feira, 28 Janeiro 2003 - 03:25
MÉDICO SUSPENSO POR ALEGADA PEDOFILIA Joaquim Martins, médico de clínica geral do Centro de Saúde de São João, em Lisboa, foi ontem suspenso preventivamente, pelo ministro da Saúde, por alegadamente estar envolvido em casos de pedofilia com crianças da Casa Pia.
- Sabado, 18 Janeiro 2003 - 00:05
'NÃO ME ENCONTRO A MONTE, NEM ESTOU DESAPARECIDO' Jorge Ritto assegurou ontem ao CM que não se encontra a “monte, nem desaparecido ou escondido.” “Estou perfeitamente localizável e contactável pelas autoridades. Estou inteiramente ao dispor para prestar a tais autoridades toda a colaboração que esteja ao meu alcance”, frisa, manifestando ainda a intenção de reagir, por “todas as formas” previstas na lei, aos “constantes e infundados” atentados que, refere, têm afectado o seu “nome, imagem e honra”.
- Sexta-feira, 17 Janeiro 2003 - 01:14
VÍTIMA DE RITTO CONTA TUDO O Correio da Manhã revela na íntegra o documento que está na posse do DIAP, Inspecção-Geral de Saúde e Catalina Pestana, com o depoimento de João A., ex-aluno da Casa Pia, em que este acusa o ex-funcionário da instituição Carlos Silvino ( Bibi) e o diplomata Jorge Ritto de abusos sexuais.
- Quinta-feira, 16 Janeiro 2003 - 02:22
ESTADO TRAI VÍTIMA DA CASA PIA João A. e a tia adoptiva Manuela C. nem queriam acreditar no telegrama que receberam na terça-feira: nele são bem legíveis o verdadeiro nome, morada e local de trabalho do ex-aluno da Casa Pia, dados que Catalina Pestana prometeu nunca divulgar.
- Domingo, 12 Janeiro 2003 - 00:00
JORGE RITTO INCRIMINADO POR JOÃO A. João A., ex-aluno da Casa Pia, assegura, no depoimento entregue ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), ter sido violado pelo embaixador Jorge Ritto há menos de cinco anos, soube o C orreio da Manhã.
- Sabado, 11 Janeiro 2003 - 00:00
JOÃO A. CONTA TUDO AO DIAP João A., o jovem ex-aluno da casa Pia que assegura ter sido molestado sexualmente por um médico e violado e espancado por Carlos Silvino, ‘ Bibi’, e um funcionário da instituição – o primeiro está detido e o segundo suspenso por ordem da provedora Catalina Pestana – vai ser ouvido no DIAP, para relatar de viva voz tudo o que lhe sucedeu, assegurou ontem ao CM Adelino Granja.
João A. é ouvido neste dia no DIAP, por Paula Soares e Cristina Faleiro. Acusa vários funcionários da Casa Pia, um médico e Jorge Ritto. Em nenhum momento lhe são pedidos pormenores sobre o que afirma, tais como datas, locais, detalhes temporais. Nada lhe é perguntado. NUnca refere os nomes de Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso ou Jaime Gama, Carlos Cruz, ou Manuel Abrantes.
- Sexta-feira, 10 Janeiro 2003 - 00:14
EX-ALUNO ACUSA MÉDICO E FUNCIONÁRIO SUSPENSO João A., de 21 anos, é um ex-aluno da Casa Pia que dos 11 aos 18 anos foi violado e espancado por dois funcionários da Casa Pia e também alvo de assédio sexual por parte de um médico que trabalhou no posto (28) clínico da Avenida Afonso III, em Lisboa.
No dia 9 de Janeiro (véspera deste artigo do CM), em Alcobaça, no escritório do ex-casapiano Adelino Granja, Ricardo O., conhecido com a alcunha de João A., assina uma declaração onde acusa funcionários da Casa Pia e o embaixador Jorge Ritto. Refere que a última vez que teve contactos [sexuais] com Bibi foi em 1996. Diz que está «disposto a ser ouvido pelo DIAP».
- Terca-feira, 10 Dezembro 2002 - 02:06
MAIS UM ALEGADO CASO DE PEDOFILIA João A. terá sido violado e espancado dos 11 aos 18 anos, por dois funcionários da Casa Pia. Um deles, o conhecido Carlos Silvino, ‘ Bibi’, está detido. O outro, A. P., um homem na casa dos 50 anos, ainda está ao serviço da instituição.
Embora nesta notícia do CM se diga que João A. foi ouvido pelo DIAP, a verdade é que não há nenhum registo dessa inquirição. A primeira inquirição «oficial» deste homem de 23 anos foi no dia 11 de Janeiro de 2003, como
aqui se constata (folhas 508 reportam-se a 11 de Janeiro de 2003).
14 de Dezembro de 2002: Ana Pereira (amiga de João A.) escreve uma carta a Catalina Pestana, onde transmite à provedora a morada de João A., em Colares.
13 de Dezembro de 2002: Pedro Namora é ouvido no DIAP (
folhas 131)
Entre os dias 28 de Novembro e 13 de Dezembro de 2002 não houve uma única inquirição «oficial» registada.
9 de Dezembro de 2002: Catalina Pestana admite ter recebido uma «senhora que se identificou como mãe de João A.
6 de Dezembro de 2002: uma amiga que se diz "tia adoptiva" de João A. (Ana Pereira) desloca-se ao DIAP e refere que este lhe contou factos relacionados com abusos sexuais na Casa Pia. Não refere o nome de Joge Ritto nem dos outros arguidos, muito menos o de Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues ou Jaime Gama. É precisamente nesta altura que João A. conhece Adelino Granja, que se deslocara ao DIAP para tratar de asunto relacionado com Joel, a testemunha que acusa Bibi.
28 de Novembro de 2002, o pai de um aluno afirmou à procuradora Paula Soares, que um tal Chiquinho era um dos elementos da «rede» de Bibi. (Chiquinho é Francisco Guerra, conhecido como a testemunha-chave de todo este processo, o braço-direito de Bibi).
Ana Pereira seria ouvida novamente somente 10 meses depois, a 23 Outubro de 2003, pelo inspector Dias André. Em nenhum momento lhe foi perguntado que nomes João A.lhe referira.
Nessa inquirição de 23 de Outubro de 2003, Ana Pereira relata que Octávio Lopes, jornalista do Correia da Manhã, a tentara convencer no dia 15 de Outubro de 2003 que João A. não mentia: «D. Ana vou dizer-lhe uma coisa, acredito que ele [João A.] não está a mentir...estive com duas pessoas bem posicionadas, que me disseram que o inimigo já tem o nome completo do Ricardo, sabem tudo dele, conhecem-no e andam a rondá-lo...telefone para a Judiciária e peça-lhes protecção policial, pois ele corre perigo de vida».
No dia 16 de Outubro de 2003, João A. foi novamente ouvido na PJ, por Dias André e Rosa Mota, a quem contou que o jornalista Jorge Van Krieken, «andava a fazer perguntas» sobre ele em Almoçageme.»