Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, março 24, 2006

  • A TORTURA E A CRISE DO PENSAMENTO DE ESQUERDA

    Pensar a Esquerda a nível apenas de Portugal é um erro: a Direita entrou na chamada Globalização, só que a Esquerda também entrou, e a Internet, é um meio dessa globalização e a língua portuguesa está bastante espalhada pelo mundo e o país mais marcante desta língua é o Brasil.
    A persistência na Internet fez com que os computadores que se ligam para este blog, estejam muito maioritariamente fora de Portugal, havendo como não podia deixar de ser muitos a ligarem do Brasil. Primeira conclusão, às vezes os computadores que ligam a este blog, a partir de Portugal não ultrapassam os 30% (trinta por cento).
    Dos que têm escrito neste blog só o Ricardo Marques fez questão em escrever o próprio nome e de referir que estava a fazer o mestrado em Sociologia, só lhe faltou pôr o nome da Universidade.
    Aqui o importante é a expressão de um pensamento de Esquerda convergente, porque sem os partidos de Esquerda ninguém levava as ideias de esquerda para o Parlamento.
    Não nos compete a nós atacar os partidos da Esquerda, mas ainda não vimos Esquerda na Ala Direita do PS, mais parece o PSD.
    Nas últimas eleições legislativas defendemos o voto anti-Direita e nessa perspectiva o PS, tal como ele era, foi por nós apoiado. Não estávamos a prever o desprezo pelas ideias de Esquerda que este governo PS está a mostrar, bem mostrado!!!
    Dissemos aqui que a Ala Direita do PS era um Mal Necessário, um mal necessário, mas um Mal.
    Mas, por vezes, as contradições em algumas facções que usam a «marca Esquerda» vão longe demais como foi o caso do confronto sobre «O Carácter Reaccionário da Pronúncia Beirã de Carlos Carvalhas», que nos obrigou a entrar em acção contra essa facção bizantinamente sectária afecta ao Bloco de Esquerda, quando alguns dos que escreveram neste blog votavam exactamente no Bloco de Esquerda.
    Não confundimos o Bloco de Esquerda como conjunto com este sectarismo bizantino, mas tal como o PS tem uma Ala Direita o Bloco de Esquerda, que usa a «marca Esquerda» no próprio nome tem também a sua a sua facção Conservadora, e no caso concreto de um ex-MRPP da ala conservadora do BE, às vezes não se percebe bem onde está a Esquerda nos seus argumentos.
    É que para muita gente o Bloco de Esquerda ocuparia o espaço político da chamada Esquerda Socialista, que já existia durante a Ditadura e que se chegou a agregar, temporariamente, mas nunca foi um grupo anti-PCP, como alguns sectores mais conservadores do Bloco de Esquerda.
    Nós aqui sempre defendemos que se deve ser da Esquerda por CONVICÇÃO IDEOLÓGICA à volta dos conceitos Liberdade e Igualdade. Nós nunca nos envolvemos nos assuntos internos do PCP, porque são assuntos internos de um partido da Esquerda.
    Ora a chamada Ala Esquerda dá muita importância à Liberdade, mas também à Igualdade, é o conceito Igualdade que agrega as várias facções da Ala Esquerda.
    Digamos que a Ala Esquerda na sua diversidade partidária e não-partidária, religiosa (como os católicos de Esquerda, especialmente do Brasil), agnóstica ou ateia, procura juntar os conceitos Liberdade-Igualdade. A Ala Esquerda tem que procurar a Convergência, nestes difíceis tempos que correm, à volta dos conceitos Liberdade e Igualdade.
    Ora, a Esquerda Brasileira, se vencer as próximas eleições presidenciais, será um obstáculo decisivo à Barbárie Neoconservadora de George W Bush que ameaça a América Latina.
    A Direita Internacional deu-lhe para apoiar e praticar a Tortura, modelo Guantánamo-Abu Grahib. A Ala Esquerda não pode pactuar com a Tortura.