Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, março 17, 2006

  • A ALA ESQUERDA E O «SISTEMA»

    Quem se considera da Ala Esquerda, por convicções ideológicas ou por acções convergentes sobre temas concretos, ou por ambas as razões, não se identifica com a Situação actual.
    Regime e «Sistema» são conceitos distintos.
    O Regime é o Regime Democrático, resultante da Revolução de 25 de Abril. O «Sistema» é a Gestão do Regime, melhor, a má gestão do Regime.
    O PR Cavco Silva já escolheu Conselheiros de Estado e Privados, Conservadores, Neoconservadores, e Neoconservadores Proto-Fascistas como é o caso de João Carlos Espada.
    Contra esta Cultura do Novo Poder a Ala Esquerda tem que opor uma Contra-Cultura.
    Contra toda a Ilha da Direitalândia, cujo rei é o V.G.M., contra a Direita da Esquerda, contra a Ilha da Umbigolândia, cujo rei é o Kipling português, só lhe falta o Prémio que deram ao Kipling, com as suas Vaidades Kiplianas, com as suas reflexões fascistas, colonialistas e umbiguistas. Para ele Guantánamo que se lixe, melhor, os Torturados de Guantánamo que se lixem, o Umbigo é que conta.
    O século XX já passou, estamos no século XXI. Os conceitos base da Ala Esquerda são a Liberdade e a Igualdade, a Ausência de Sadismo, e o diálogo com os sindicatos. Ora quanto à Igualdade estamos muito mal, e Leis Injustas e Sádicas continuam em vigor. Em muitos casos o governo despreza os sindicatos, mostrando um autoritarismo
    anti-Esquerda.
    A Ala Esquerda tem diferentes escolhas partidárias e não-partidárias e filosóficas, com religião ou sem ela, gnósticos, agnósticos ou ateus.
    Este poema, esquecendo ou não quem o escreveu, conforme as opções partidárias e não-partidárias, é património da Resistência da Ala Esquerda, no século XX foi da Resistência Anti-Fascista, é agora da Resistência Anti-«Sistema», no século XXI, resume as desilusões e as opções da Ala Esquerda:

    «Pergunto ao vento que passa
    notícias do meu país
    e o vento cala a desgraça
    o vento nada me diz.

    Pergunto aos rios que levam
    tanto sonho à flor das águas
    e os rios não me sossegam
    levam sonhos deixam mágoas

    LEVAM SONHOS DEIXAM MÁGOAS
    (…)

    Pergunto à gente que passa
    por onde vai de olhos no chão.
    Silêncio – é tudo o que tem
    Quem vive na servidão
    (…)
    Mesmo na noite mais triste
    em tempo de servidão
    HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE RESISTE
    HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE DIZ NÃO.»

    A Ala Esquerda, com as suas diferenças, tem que continuar a Resistência, com as suas redes próprias compatíveis entre si.