Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, julho 15, 2005

  • A HORA DA ESQUERDA DA ESQUERDA

    Por enquanto é um pouco cedo para tirar conclusões definitivas sobre o governo PS. No entanto há já atitudes tipo cavaquista, que, por vezes, parece que voltamos para trás, precisamente ao cavaquismo.
    Ora o descontentamento da Esquerda que votou José Sóctrates ou dá abstenção ou faz crescer o PCP e o BE.
    Nós achamos que nem o PCP é estalinista, nem o BE é trotskista, mas às vezes parece que se odeiam, mutuamente, como Estaline e Trotsky. Esta luta por um espaço muito semelhante é um grande erro, porque tanto o PCP, como o BE podem crescer com o voto da Esquerda que votou PS e está já desiludida. São casos graves para a Esquerda os ataques aos sindicatos, o desprezo pelos sindicatos, mostrado pelo PS e o desejo do PS de agradar à Direita. Assim perde a sua base social de apoio e o voto de Esquerda nunca vai para a Direita. Sai do PS para a abstenção ou para os partidos à sua esquerda. É isto que o PCP e o BE têm que entender.
    O avanço dos crimes dos neoconservadores no Iraque e em Guantánamo favorece o ressurgimento ideológico da Esquerda.
    A publicidade da Direita do conceito «competitividade» significa o regresso ao conceito aristotélico de Democracia, visto que Aristóteles defendia que para funcionar a economia eram imprescindíveis os escravos. Ora o neoliberalismo pretende aproximar os assalariados, o mais possível da condição de escravos, escravos da insegurança, da ansiedade do desemprego, da opressão laboral, da insuportável jornada de trabalho, começando, obviamente, pela desconsideração dos sindicatos…