Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sábado, abril 23, 2005

  • DE 24 PARA 25

    No dia 24 de Abril iniciou-se a derrocada final da Ditadura de Marcelo Caetano. No dia 25 o chamado fascismo português, considerado muito mais brando que o italiano, que o alemão e que o espanhol caiu como um castelo de cartas.
    Salazar tinha um retrato de Mussolini sobre a secretária, recebeu um Mercedes de luxo como oferta de Hitler, e quando Hitler se suicidou Salazar declarou luto oficial pelo führer que ele tanto amava.
    A I República manteve o colonialismo, pelo que nesse aspecto Salazar limitou-se à continuidade. A Ditadura de Salazar era muito bem aceite pelos ingleses e pelos norte-americanos que a apoiavam tão entusiasticamente ao ponto de Salazar ter sido um dos fundadores da NATO, instituição para defender a Democracia e a Ditadura de Salazar.
    Salazar era muito menos inteligente do que os direitistas querem fazer crer. Ele não percebeu que era preciso ser feito com Angola e Moçambique o que havia sido feito com o Brasil - a independência. Salazar mostrou ser muito estúpido ao não compreeender que era preciso dar a independência a Angola e às outras colónias - se o tivesse feito teria sido muito melhor quer para os portugueses quer para os povos das colónias.
    A Revolução de 25 de Abril de 1974, surge na continuidade da Revolução de 1820, na continuidade da derrocada das direitas miguelistas na guerra-civil de 1832-34 e na continuidade da Revolução de 5 de Outubro de 1910. Todos estes acontecimentos, iniciados em 1820 deram origem à Democracia tal como hoje a entendemos. Os monárquicos ficaram fora do processo da Democratização, devido à Ditadura de D. Carlos-João Franco. Perderam a legitimidade de 1820 e de 1834. Nem o monárquico Salazar teve a coragem de lhes dar a mão. Era demasiado arriscado.
    A III República com a Liberdade é a continuação de um processo de longa duração, iniciado pela Esquerda monárquica.
    O fim do colonialismo era inevitável, devido à pressão internacional! Já alguém imaginou Angola como colónia portuguesa com Nelson Mandela a Presidente da República da África do Sul?????
    A entrada para a CEE/União Europeia foi um facto decisivo para o nosso futuro.
    O fim do colonialismo, a consolidação da democracia com a Constituição de 1976 e a entrada para a Unão Europeia são os factos mais marcantes e mais positivos desencadeados pela Revolução de 25 de Abril de 1974. Agora há que aperfeiçoar a Democracia, com um novo conceito de Democracia, que inclua a chamada justiça social.