PORTUGAL, A FRANÇA E A CONSTITUÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA

Sendo Portugal um dos países mais atrasados da União Europeia, cheio de anacronismos, com uma política de salários baixos terceiro-mundista, o "dumping" salarial não afecta os trabalhadores portugueses, porque eles ganham muito menos que os franceses, em igual actividade.
O SIM ou o NÃO dos eleitores portugueses em referendo sobre a Constituição da UE é pouco relevante para a União Europeia, é sim relevante para Portugal.
Portugal não pode sair da União Europeia, isso seria um desastre financeiro e económico, semelhante ao que lançou a Argentina na bancarrota.
Ora os trabalhadores portugueses acabam por depender dos seus congéneres franceses para manterem direitos. É que sendo a França um dos países fundadores e essenciais da União Europeia, o que os eleitores franceses decidirem sobre a Constituição neoliberal-neoconservadora da UE é decisivo para os próprios franceses, mas também para toda a União Europeia.
O que a França decidir será fundamental para o futuro da União Europeia. O que Portugal decidir só será fundamental para o futuro de Portugal.