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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, setembro 19, 2003

  • UMA OUTRA EUROPA

    Quem lê os editoriais dos jornais portugueses e analisa a linha editorial dos telejornais portugueses deve ficar impressionado com estas palavras da imprensa internacional:
    - “Na guerra do Iraque temos um exemplo da frivolidade dos decisores de Washington. (...)
    O próprio George W. Bush não faz política, brinca. Responsáveis como Richard Perle e Paul Wolfowitz imitam o Rambo, quando falam tanto em público como em privado. Só uma coisa conta: a omnipotência norte-americana.”
    Aqui não há vassalagem aos neoconservadores americanos. As palavras citadas de Eric Hobsbawm foram publicadas em “Le Monde Diplomatique” (nº 51 da edição portuguesa). A Velha Europa não é só Portugal. Durão Barroso está, frontalmente, contra essa Velha Europa com quem partilhamos a moeda. Os grandes meios de comunicação social portugueses apoiam, editorialmente, a coligação de direita que está no poder. O vocabulário é o mais adequado às perspectivas da direita, assim como a selecção das notícias e das imagens, as ansiedades da direita são apresentadas como se fossem as ansiedades de todos os portugueses.
    A SIC Notícias, devido à sua pouca audiência já fala noutras coisas, como do trabalho da revista “Le Point” sobre a pedofilia em Portugal. A pouca audiência, paradoxalmente, tem as suas vantagens.
    O pensamento europeu face à tragédia que os neoconservadores provocaram no Iraque é, maioritariamente, contrário às ansiedades editoriais dos grandes meios de comunicação social prtugueses.
    Contrariamente ao que diz o governo PSD-PP, Portugal não tem fronteira oeste com os Estados Unidos, a nossa moeda não é o dólar.
    Não temos que prestar vassalagem à direita norte-americana.