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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quinta-feira, janeiro 24, 2008

  • A QUEDA DO GOVERNO CENTRO-ESQUERDA DE ROMANO PRODI


    A QUEDA DO GOVERNO DA ITÁLIA É MAIS UMA EXPRESSÃO DA CRISE DO PENSAMENTO DE ESQUERDA NO OCIDENTE FACE AO AVANÇO DO NEOLIBERALISMO

    Caiu o governo centro-esquerda da Itália, devido à crise geral do Pensamento de Esquerda, na Civilização Ocidental.
    Em Portugal a queda das ideias de Esquerda ocorreu dentro do Partido Socialista, dominado pela sua Ala Direita, socialmente direitista, obcecada com os dogmas neoliberais de exaltação das desigualdades.
    É pena que o PS se esteja a autodestruir, enquanto partido socialista.





    «Romano Prodi (Scandiano, 9 de agosto de 1939) é político e economista italiano. É líder do partido A Oliveira e da coalizão A União e disputou com Silvio Berlusconi a chefia do governo da Itália nas eleições legislativas de 2006, obtendo a vitória por pequena margem de votos.

    Seus estudos iniciaram-se em Reggio Emilia, onde nasceu. É formado em direito pela Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, tendo produzido conteúdo acadêmico em Milão, Bolonha e na London School of Economics. Também já lecionou como professor visitante na Universidade de Harvard e na Stanford Research Institute.

    Romano Prodi entrou para a política no fim da década de 1970, quando Giulio Andreotti o convidou para assumir o Ministério da Indústria. Presidiu o Istituto per la Ricostruzione Industriale em 1982, sendo responsável por um bem sucedido programa de saneamento financeiro. Voltou a ocupar o posto em duas outras ocasiões.

    Seu primeiro mandato como primeiro-ministro italiano teve início em 1996, quando presidindo a coalizão A Oliveira (L'Ulivo), formada por centro e esquerda, vence as eleições gerais do país. Seu governo teve, além de políticos de centro e esquerda, participação da Refundação Comunista. Teve como enfoque o saneamento da economia italiana, visto a necessidade do país de adequação orçamentária para ingresso na União Européia. Com a retirada do apoio do Refundação Comunista, em 1998, Prodi deixa o cargo, tomando seu posto Massimo D'Alema.

    No ano seguinte à sua destituição, assumiu a presidência da União Européia, permanecendo no cargo até 2004. Foi em seu mandato que a moeda única européia, o euro, entrou em circulação, em 1º de janeiro de 2002.

    Após o fim de seu mandato, retorna à política italiana e, em 2005, forma uma nova coalizão de esquerda, A União (L'Unione), onde se encontrava A Oliveira, A Margarida (La Margherita) e outros pequenos partidos de centro-esquerda, do qual é aclamado presidente.

    Nas eleições gerais italianas ocorridas em abril de 2006, consegue vitória apertada contra o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi mas, apoiado pela lei eleitoral vigente alterada no mandato do mesmo, consegue maioria no parlamento italiano, o que lhe confere maior governabilidade. Silvio Berlusconi não aceitou sua derrota, pedindo recontagem dos votos, mas Prodi assumiu pela segunda vez o posto em 17 de maio de 2006, inaugurando o segundo Governo Prodi.

    Em 21 de fevereiro de 2007, o governo Prodi foi derrotado por dois votos em uma proposta governamental proposta para o Senado italiano pelo Ministro de Relações Exteriores Massimo D'Alema. Prodi seguiu, então, para o Palácio do Quirinal, onde entregou sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano, que cancelara uma visita oficial a Bolonha para receber o primeiro-ministro. Napolitano evitou qualquer decisão sobre a renúncia de Prodi até encontrar-se com as forças políticas do país.

    O presidente Giorgio Napolitano tomou sua decisão em 24 de fevereiro. Não aceitou a renúncia de Prodi e mandou-o ao Parlamento para tentar obter um voto de confiança dos deputados e senadores. Disse, entretanto, que caso o primeiro-ministro não obtivesse a confiança do Parlamento, ele poderia deixar o cargo.

    Em 28 de fevereiro o governo de Prodi conseguiu o voto de confiança dos senadores, contando com 162 votos contra 157 da oposição conservadora. Na sexta-feira, 2 de março, a Câmara dos Deputados, onde o governo conta com grande maioria, deu o voto de confiança, confirmando a continuidade de Prodi no cargo.

    Após sofrer pressão da oposição e ter negado o voto de confiança, renunciou ao cargo em 24 de janeiro de 2008.»