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quarta-feira, janeiro 23, 2008

  • DE GUANTÁNAMO A GAZA








    O Ocidente criou um rede gigantesca de Rapto, Tortura e Assasssinato chamada de Guantánamo e Sucursais.

    George W Bush foi a Israel e os israelitas, pouco depois, transformaram Gaza num gigantesco Campo de Concentração, com mais de um milhão de pessoas sob Tortura Colectiva.





    (ASSASSINATO NA RUA PELOS ISRAELITAS, ASSASSINATO FINANCIADO PELOS ESTADOS UNIDOS E PELA UNIÃO EUROPEIA, QUE FINANCIAM TODAS AS SELVAJARIAS DO ESTADO DE ISRAEL!!)
    A Ditadura egípcia de Mubarak cedeu um pouco e deixou de colaborar com os israelitas e permitiu a abertura, pelo menos temporária, da fronteira de Gaza com o Egipto.






    «Alarm for Egypt as Gaza crisis crosses the border


    Ian Black, Middle East editor
    Wednesday January 23, 2008
    Guardian Unlimited

    Egypt is watching with mounting alarm as the crisis in the Gaza Strip spills over onto its own territory - part of a nightmare Middle Eastern scenario in which the ever-volatile Israeli-Palestinian conflict gets dangerously out of hand.
    With Egyptian riot police deployed along the border at Rafah after it was breached by thousands of Palestinians, President Hosni Mubarak is pulling out the stops to get Israel to ease its restrictions.

    Demonstrations in Cairo and elsewhere today were a reminder that Gaza's suffering generates strong feelings.


    Egypt has largely cooperated with the blockade of the Gaza Strip since the Islamists of Hamas took over following last June's coup against Fatah. It has been urging a halt to the Qassam rocket fire targeting the nearby Israeli town of Sderot, which Israel insists must stop before it loosens its stranglehold.
    But Cairo has also maintained contact with Hamas, urging it to mend fences with Mahmud Abbas, the Palestinian president and Fatah leader.

    It has been involved too in attempts to mediate the release of an Israeli soldier, Gilad Shalit, captured in June 2006 on the eve of the war in Lebanon. Egypt's foreign minister, Ahmad Abul Gheit, telephoned the Hamas leader, Khaled Mishaal, in Damascus to brief him on moves to end the crisis.

    Omar Suleiman, Egypt's powerful intelligence chief, is orchestrating contacts between the parties, including those that have led to past ceasefire agreements.

    Mubarak is in a bind: on the one hand he wants to maintain his relationship with Israel. On the other he must avoid the impression that he is abandoning the Palestinians.

    Underlining domestic sensitivities, 460 members of the semi-outlawed Muslim Brotherhood were arrested today while heading for a demonstration outside the Cairo HQ of the Arab League.

    "It is as if the Arabs are taking part in the killing of an Arab people who decided to hold out, to continue their struggle, and to confront the US and Zionist war machines," the Brotherhood leadership protested earlier this week. Other demonstrators burned the Israel flag.

    But Mubarak has also been under fire from Israel for failing to halt smuggling under the border to Gaza. Last month he faced criticism that Palestinians returning from the hajj pilgrimage to Mecca were allowed to enter Rafah without passing through Israeli security, smuggling in millions of dollars said to have been supplied by Iran.

    Israel accused Egypt of "deplorable" conduct and leaked to US officials videotapes allegedly showing Egyptians helping Palestinian smugglers.

    That played on a raw nerve: Egypt receives more US aid than any country apart from Israel, and when $100m in military aid was withheld by Congress, Cairo blamed lobbying from Jerusalem.

    Gaza's links to Egypt go back to 1948, when it annexed the strip - then part of British-ruled Mandatory Palestine - after the war with Israel, its population swollen by newly-arrived refugees. Israel occupied it for a few months after the 1956 Suez war when Egyptian rule was restored until the next round in 1967.

    In the early 1970's it was a hotbed of PLO resistance and the first intifada erupted there in 1987. Israel remained in charge until 2005, when Ariel Sharon unilaterally withdrew troops and dismantled all Jewish settlements.

    Egypt and Israel have been at peace since 1979 -Israel recently marked the 30th anniversary of Anwar Sadat's journey to Jerusalem while official Egypt all but ignored it.

    It remains a "cold" peace that barely touches ordinary people on either side. But it serves both governments to maintain their relationship. Both, after all, are committed to the peace process relaunched at Annapolis two months ago, however poor its prospects might be.

    Under the law of unintended consequences, the crisis in Rafah may yet force Hamas and Fatah, at loggerheads since last summer, to collaborate in future to try to resolve the border crossings issue. It would be a coup for Egypt and good news for the Palestinians if Mubarak managed to pull that off. »

    (In «The Guardian»)



    «Palestina (em latim: Syria Palæstina, em Hebreu פלשתינה, também ארץ־ישראל Éreẓ-Yisraʾel, em Árabe فلسطين Filasṭīn), é a denominação dada pelo Império Britânico a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as margens do Rio Jordão. O seu estatuto político é disputado acesamente.

    A área correspondente à antiga Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras, a saber, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, de maioria árabo-palestina, deveriam integrar um estado palestiniano-árabe a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas e da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido. Todavia, em 1967, essas duas áreas foram ocupadas militarmente por Israel após a Guerra dos Seis Dias, que foi uma dentre várias guerras movidas pelos países árabes contra Israel por não aceitarem a determinação da partilha da Palestina pelas Nações Unidas, por não reconhecerem o direito dos judeus, que haviam sido massacrados na Europa pela aliança nazi-fascista, terem seu próprio estado nacional situado na região.

    Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas, devido aos inúmeros ataques terroristas que sofre, Israel mantém o controlo das fronteiras e está actualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental às fronteiras israelenses.

    A população palestina dispersa pelos países árabes ou em campos de refugiados, situados nos territórios ocupados por Israel é estimada em 4.000.000 de pessoas.


    O nome
    A palavra Palestina deriva do grego Philistia. Filístia foi o nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os Filisteus.

    Os Filisteus não eram semitas e sua provável origem é creto-miceniada, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza. Segundo a tradição bíblica os Filisteus seriam oriundos de Caphtor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egipto com o nome de prst, por onde também passaram e foram repelidos.

    No século II d.C., os romanos utilizaram o termo Syria Palaestina para se referirem à parte sul da província romana da Síria. O termo entraria posteriormente na língua árabe e é usado desde então para se referir a esta região.»



    «A evolução histórica
    A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos.

    Em meados do século XV a.C. a região é conquistada pelo faraó Tutmósis III, mas será perdida no final da XVIII dinastia, para ser novamente reconquistada por Seti I e por Ramsés II. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do século XIII a.C., a região será invadida pelos Povos do Mar.

    Um destes povos, os Filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem um poderoso reino. Contemporânea a esta invasão é a chegada das tribos hebraicas, lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os Filisteus, que se recusam a aceitar a religião hebraica.

    As tribos hebraicas dedidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é Saul. O seu sucessor, David (início do I milénio a.C.) derrota finalmente os Filisteus e fixa a capital do reino em Jerusalém. Durante o reinado do seu filho, Salomão, o reino vive um período de prosperidade, mas com a sua morte é dividido em duas partes: a norte, surgirá o reino de Israel (com capital na Samaria) e a sul, o reino de Judá (com capital em Jerusalém).

    Abrevie-se para afirmar que, salvo breves intervalos, a região foi dominada por outras potências tais como a Assíria (722 a.C.), os babilônicos (fins do século VII a.C.), os persas aquemênidas (539 a.C.), os greco/macedônios (331 a.C. pemanecendo em poder dos ptolomaicos de 320 a 220 a.C. e dos Selêucidas de 220 a 142 a.C.) passando por uma retomada pelos locais Asmoneus que dominaram daí até o ano de 63 a.C. quando sobreveio o domínio romano, época da qual a maioria das pessoas tomou conhecimento (embora fantasioso) pela filmografia recente.

    No ano de 66 d.C. inicia-se uma rebelião dos judeus que foi fortemente reprimida pelos romanos com a destruição do templo de Iavé no ano de 70, e só no ano de 131 a pax romana foi novamente abalada por rebeliões ao fim das quais o imperador Adriano tornou Jerusalém na Colonia Aelia Capitolia.

    Passando pela divisão do Império Romano, a região viveu entre 324 d.C. e 638 d.C., extrema prosperidade e crescimendo demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do Império Bizantino.

    No ano de 614 a região acaba de ser encampada pelos persas Sassânidas que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio árabe muçulmano.

    A região passa pelo controle do Império Otomano, da França e do Reino Unido.

    No final do século XIX, judeus começam a migrar para a região comprando terras.

    Em 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe, mas os árabes não aceitam essa resolução e atacaram Israel, na chamada Guerra da Independência.


    O domínio árabe
    Ao contrário de várias potências que por alí só estenderam seu domínio de passagem, as vezes legando a administração da região a potentados locais, os árabes (à semelhança dos antigos hebreus) se estabeleceram na região, e o primeiro elemento cultural que introduzam foi a língua uma vez que aparentada com o aramaico, obteve fácil aceitação.

    Desde o ano de 660 até 750, vigorou o domínio omíada, cuja capital era Damasco datando daí a construção do Nobre Santuário na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, substituída pela dinastia dos abássidas cuja capital era Bagdá que dominou até o ano de 974, seguindo-se a dinastia dos fatímidas que perduraram até o ano 1071.

    Ao fim do longo domínio árabe de mais de quatro séculos, a religião islâmica acabou amplamente majoritária, seguindo-se de uma pequena minoria de cristãos e um menor número ainda de judaítas Samaritanos, até quando, no ano de 1072, sobreveio a conquista da região pelos turcos seldjúcidas que tinham capital em Bagdá.

    No ano 1099 com a Primeira Cruzada europeus conquistaram Jerusalém e lá estabeleceram o seu domínio sob o nome de Reino Latino de Jerusalém cuja existência periclitante em meio à sociedade islâmica se demorou até o ano de 1187 quando a cidade foi reconquistada por Saladino.»