Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, outubro 07, 2005

  • A CRISE DE AUTORIDADE DO ESTADO

    Neste momento as atenções estão concentradas nas eleições autárquicas e na previsível derrota do Partido Socialista.
    Falta saber se o descontentamento dos desiludidos com o PS, vai para votos para a CDU e para o Bloco de Esquerda, se vai para a abstenção ou se vai mesmo para o PSD.
    Vivemos uma época de crise e também de crise de autoridade do Estado.
    Toda a gente sabe que quem manda no Estado é o poder económico, essencialmente de empresas que vivem do mercado interno, visto que as empresas 100% portuguesas viradas para a exportação não são muito grandes.
    A desorientação teórica da Esquerda provocada pela viragem à direita do PS cria um clima propício à falta de autoridade intelectual, que a longo prazo será desastrosa, pois a instrução, o interesse pelo conhecimento, é que torna um povo competitivo.
    A desvalorização do esforço de estudar, associada à humilhação pelo governo dos professores, - excepto os catedráticos, com os seus intocáveis privilégios, alguns até têm tido o privilégio de estar em dois sítios ao mesmo tempo, outros tiveram o privilégio de impedir a III República de formar os médicos que precisava, porque isso ia estragar muitos negócios... a esses tais catedráticos...! -, visa a proletarização e pauperização das classes docentes, e consequentemente a desvalorização da instrução, a desvalorização do trabalho intelectual. Um povo pouco instruído é mais fácil de explorar no local de trabalho.
    Depois a confusa conflitualidade do governo com as pessoas que trabalham para o Estado.
    Tudo isto gera uma crise de autoridade do Estado.