JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR, VASCO GONÇALVES E OS ‘LEGÍTMOS PROPRIETÁRIOS’
A maior revolução social que ocorreu em Portugal até hoje, desde a criação do Reino de Portugal, em 1143, pelo Tratado de Zamora, foi o triunfo do liberalismo no século XIX.
«Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!), porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?»
Escreveu Manuel Maria Barbosa du Bocage, debaixo da ditadura, dita de ‘inspiração divina'.
E foi difícil o triunfo da Liberdade em Portugal. Não podemos esquecer aqueles que deram a vida pelo triunfo da Liberdade em Portugal: o general Gomes Freire de Andrade pendurado pelo pescoço, até à morte, enquanto os nossos ‘amigos’ e ‘aliado’ ingleses, os tais que defendiam o liberalismo enforcando os liberais, se divertiam no Portugal que eles tinham conquistado… Ainda hoje é ‘politicamente incorrecto’ lembrar o martírio de Gomes Freire, porque ele foi oficial do exército de Napoleão Bonaparte.
O poder económico da nobreza foi aniquilado, quando foi obrigatório, permitir a herança a todos os filhos. O fim dos chamados morgadios começou com a legislação de Mouzinho da Silveira e levou à progressiva divisão das propriedades das casas nobres.
As grandes propriedades do clero foram, sumariamente, nacionalizadas, através de Decreto de Joaquim António de Aguiar de 1834. Foram extintos todos os mosteiros masculinos e todos os bens das ordens religiosas foram incorporados na Fazenda Nacional.
Depois esses bens foram vendidos à alta burguesia ascendente, cujos elementos são actualmente os donos e as donas de Portugal. ( Era bom que as feministas mais radicais pensassem nas mulheres da alta burguesia, e nos homens que são mandados para o desemprego por elas, para verem bem que a grande generalização é um erro grosseiro como «os problemas da mulher» ou os «direitos das mulheres», como se as mulheres não estivessem divididas em classes sociais. Os direitos das mulheres da alta burguesia são muito superiores aos direitos da maioria dos homens, pois a grande maioria dos homens está muito abaixo da alta burguesia.)
O general Vasco Gonçalves nacionalizou alguns bens da alta burguesia (como Joaquim António de Aguiar tinha nacionalizado os do clero dos mosteiros). Ora o conceito de ´legítimos proprietários’ é relativo - das grandes propriedades rurais, a alta burguesia, ou o clero dos mosteiros? Ou o Estado ou os trabalhadores dessas grandes propriedades?
«Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!), porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?»
Escreveu Manuel Maria Barbosa du Bocage, debaixo da ditadura, dita de ‘inspiração divina'.
E foi difícil o triunfo da Liberdade em Portugal. Não podemos esquecer aqueles que deram a vida pelo triunfo da Liberdade em Portugal: o general Gomes Freire de Andrade pendurado pelo pescoço, até à morte, enquanto os nossos ‘amigos’ e ‘aliado’ ingleses, os tais que defendiam o liberalismo enforcando os liberais, se divertiam no Portugal que eles tinham conquistado… Ainda hoje é ‘politicamente incorrecto’ lembrar o martírio de Gomes Freire, porque ele foi oficial do exército de Napoleão Bonaparte.
O poder económico da nobreza foi aniquilado, quando foi obrigatório, permitir a herança a todos os filhos. O fim dos chamados morgadios começou com a legislação de Mouzinho da Silveira e levou à progressiva divisão das propriedades das casas nobres.
As grandes propriedades do clero foram, sumariamente, nacionalizadas, através de Decreto de Joaquim António de Aguiar de 1834. Foram extintos todos os mosteiros masculinos e todos os bens das ordens religiosas foram incorporados na Fazenda Nacional.
Depois esses bens foram vendidos à alta burguesia ascendente, cujos elementos são actualmente os donos e as donas de Portugal. ( Era bom que as feministas mais radicais pensassem nas mulheres da alta burguesia, e nos homens que são mandados para o desemprego por elas, para verem bem que a grande generalização é um erro grosseiro como «os problemas da mulher» ou os «direitos das mulheres», como se as mulheres não estivessem divididas em classes sociais. Os direitos das mulheres da alta burguesia são muito superiores aos direitos da maioria dos homens, pois a grande maioria dos homens está muito abaixo da alta burguesia.)
O general Vasco Gonçalves nacionalizou alguns bens da alta burguesia (como Joaquim António de Aguiar tinha nacionalizado os do clero dos mosteiros). Ora o conceito de ´legítimos proprietários’ é relativo - das grandes propriedades rurais, a alta burguesia, ou o clero dos mosteiros? Ou o Estado ou os trabalhadores dessas grandes propriedades?
publicada por José às
12:19 da manhã
