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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quinta-feira, junho 09, 2005

  • AS FRONTEIRAS

    O Não holandês foi sobretudo uma interrogação sobre as fronteiras.
    A relativa desorientação da classe política da União Europeia faz com que não haja estudos sobre as FRONTEIRAS da União Europeia.
    Se recuarmos no tempo, podemos lembrar que o imperador romano Trajano, o primeiro nascido no actual território da Espanha, foi muito bem sucedido e foi muito longe com as suas conquistas. O seu sucessor o também nascido no território da Espanha Adriano, também ele um militar bastante violento, achou que era necessário fazer recuar as fronteiras do império, pensava que o crescimento contínuo viria a ser um grande desastre.
    Ora, com todas as desumanidades que a civilização romana tinha, é bom não esquecer, que o imperador Caracala, nascido na Gália, atribuiu o direito de cidadão romano a todos os homens livres do império.
    A União Europeia não pretende ser um novo império, mas precisa de parar para pensar, é preciso fazer estudos de sustentabilidade e aceitabilidade de fronteiras. Actualmente, nesta conjuntura, tem que parar de crescer. E os cidadãos da União Europeia têm que se aceitar uns aos outros.
    Os computadores servem para fazer cálculos e ninguém calcula a problemática do crescimento.
    Quem, como nós, quer que a União Europeia exista e seja próspera, quer também um estudo e uma reflexão sobre as fronteiras da União Europeia. É perigoso avançar sem saber para onde…
    Alguém da classe política tem que dizer: é preciso pensar e recuar e voltar a pensar…