A ESCRITA FICCIONAL DE ACÇÃO BLOGOSFÉRICA E O 'DEPÓSITO LEGAL'

«Céu Cinzento», mais conhecido por «O Abominável Livro das Neves» foi publicado na Blogosfera de Língua Poortuguesa, através dos serviços disponibilizados por uma empresa dos Estados Unidos, sedeada na Califórnia.
Apesar de ter demorado mais de quatro anos a escrever, foi publicado na Internet, segundo o net-formalismo, isto é, com as características de 'escrita de acção blogosférica', mais precisamente sendo 'escrita ficcional de acção blogosférica'.
E depois foi passado a papel em duas versões:
1) A versão 'escrita ficcional de acção blogosférica', em parte, repetimos, em parte, como meio de protesto contra o facto de não haver um «Depósito Legal Informático» da 'escrita de acção blogosférica'.
Por outro lado serviu para a chamada 'pesquisa de mercado', utilizando este conceito do liberalismo.
Serviu também para fazer uma sondagem para verificar quem se interessa por ficção contra o chamado «Cânone Vigente» e constatámos que são pessoas, de ambos os sexos, essencialmente, com idades entre os dezoito e os trinta e cinco anos.
Contrariamente ao que a Direita diz que «a Esquerda no campo da Cultura só anda atrás de subsídios do Estado, e nada faz sem subsídios do Estado», fizémos tudo fora do Estado.
É, aparentemente, um pouco chocante que pessoas da Esquerda NÃO PARTIDÁRIA LIVRE-PENSADORA, nesta época de crise e empobrecimento colectivo, tenham tido a capacidade de perder somas significativas de dinheiro próprio, a curto prazo, se comparadas com o valor do salário mínimo, não dos contribuintes.
Pode-se ser da Esquerda de muitas maneiras.
E o investimento de grande risco no curto prazo, poderá ser um fiasco no médio prazo, mas também pode não ser.
É preciso ter paciência, porque o médio prazo leva tempo a passar e, é claro, ainda não passou.
2) A versão dois que pretende conciliar a 'escrita ficcional de acção blogosférica' com o formalismo mais ou menos tradicional.
Tudo isto poderá vir a ser um profundo fracasso editorial, mas se o for o prejuízo será nosso, andamos por conta própria. Mas seria um fracasso de certeza absoluta, se não tivéssemos tentado.
E, é claro, o chamado médio prazo leva bastante tempo a passar.
Só a passagem do tempo é que nos mostrará se perdemos ou não, repetimos, se não tivéssemos tentado tínhamos perdido de certeza absoluta.