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domingo, abril 01, 2007

  • BENFICA-PORTO E O DESPORTO DE MASSAS

    A EVASÃO
    DAS OPRESSÕES, DESILUSÕES E FRUSTRAÇÕES DO QUOTIDIANO.


    Os romanos gostavam de ver no Coliseu

    combates de gladiadores e o vencedor matava o vencido.


    Os ingleses inventaram o futebol e o vencedor não mata o vencido. Tornou-se no mais universal de todos os desportos.
    Quem vem pela auto-estrada Porto-Lisboa, sinteticamente designada por A1, entra numa via de três faixas chamada segunda circular de Lisboa. Perto dessa via, do lado direito vê o estádio do Sporting, pintado de verde,

    o campeão da formação de jogadores para a selecção de Portugal – Luís Figo, Cristiano Ronaldo, Simão Sabrosa, Ricardo Quaresma, João Moutinho e outros.
    Aqueles que vêm do Porto lembram-se que os relvados são todos muito parecidos

    Cerca de um minuto mais à frente, também perto da segunda circular de Lisboa, do lado esquerdo, surge o estádio do Benfica, pintado de vermelho.

    Salazar, agora tão falado em Portugal, odiava o vermelho, e encarregou a Censura fascista-salazarista de arranjar outra cor para as camisolas do Benfica, que deixaram de ser vermelhas e passaram a ser encarnadas.
    É uma persistência do vocabulário fascista-salazarista chamar encarnadas às camisolas do Benfica, pois àquela cor as massas chamam vermelho e o futebol é um desporto de massas.

    O Brasil é o campeão mundial da formação de jogadores – forma jogadores de futebol para equipas de todos os continentes.

    O futebol é cultura de massas, é uma evasão das humilhações e frustrações do quotidiano.

    Benfica e Porto já foram campeões europeus, por duas vezes, o Sporting só venceu a Taça das Taças. Mas a nível mundial de clubes, de Portugal, por enquanto, só o Porto venceu.

    É óbvio que ganha quem marcar mais golos.
    Mas, se nenhuma das equipas marcar mais golos, ganha o Sporting.




    Agora que o filme «300» está a ser muito falado, convém não esquecer que o mundo muda, que os padrões do certo e errado também.

    Este filme, uma grande falsificação do passado, impõe-nos a lembrança das guerras entre gregos e persas.

    « A lenda que deu origem à maratona moderna ocorreu após a Batalha de Maratona, na Primeira Guerra Médica, no século V a.C.. Tudo começou no ano de 490 a.C., quando soldados gregos e persas travaram uma batalha que se desenrolou entre a cidade de Maratona e o mar Egeu.

    A luta estava difícil para os gregos. Comandados por Dario, os persas avançavam seu exército em direção a Maratona. Milcíades, o comandante grego, resolveu pedir reforço. Chamou então Fidípides, um de seus valentes soldados e ótimo corredor, que levou o apelo de cidade em cidade até chegar em Atenas, a quarenta quilômentros de distância. Fidípedes voltou com dez mil soldados e os gregos venceram a batalha, matando 6.400 persas.



    Entusiasmado com a vitória, Milcíades ordenou que Fidípides fosse até Atenas outra vez para informar que eles tinham vencido a batalha.


    Fidípides retornou correndo, sem parar. Quando chegou ao seu destino, só teve forças para dizer uma palavra: "Vencemos!".
    E caiu morto. »



    A produção cultural norte-americana, ist o a propósito do filme «300», não é um PODER.

    É um PODER a sua divulgação, isso sim é um poder efectivo. Um dos problemas na União Europeia, que a coloca em grande inferioridade face aos Estados Unidos, enquanto entidade cultural, é constituído por algumas barreiras chauvinistas.





    Os gregos apreciavam muito as competições desportivas, que associavam ao sagrado.

    Os Jogos Olímpicos eram em honra do rei dos deuses