Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quinta-feira, outubro 13, 2005

  • DO DISCURSO DA TANGA À TEORIA DA DÚVIDA

    Durão Barroso com o discurso da tanga conseguiu desanimar muita gente. Depois meteu Portugal na guerra do Iraque, uma guerra colonial. Impôs sacrifícios alguns
    e o contrário a outros.
    Quando viu a agitação das ondas do descontentamento bateu em retirada. Emigrou.
    Santana Lopes teve o cuidado de tirar Portugal da guerra do Iraque, a sua medida mais positiva. Procurou acalmar a conflitualidade social dialogando com alguns sindicatos.
    Mas, paralelamente, tomou medidas muito pouco aceitáveis, sendo a Censura a um ex-líder do PSD algo que preocupou muita gente. Crise e liberdade, vá lá, mas crise com ameaças à liberdade de expressão, nem pensar.
    Pensava-se que o PS iria relançar a esperança num futuro melhor. As expectativas na acção do PS eram muito altas.
    Foi surpreendente o ataque do PS aos sindicatos e o lançamento selectivo dos sacrifícios.
    Toda a gente pensava que os privilegiados eram os super-ricos que vivem de lucros de acções de empresas e não pagam impostos, assim como os especialistas em alta evasão fiscal.
    Mas depois ficamos a saber que esses não eram privilegiados, mas sim as classes médias, especialmente as ligadas à função pública…
    Cheios de dúvidas ficaram muitos eleitores e eleitoras que votaram em José Sócrates, porque não compreenderam a sua Teoria do Sacrifício Selectivo…
    O PS foi penalizado nas eleições autárquicas. Marques Mendes apressou-se a dizer que as eleições não eram legislativas. É que o país está mesmo em crise…
    A sensação geral de quem votou em José Sócrates é de dúvida, cada vez há mais dúvidas, muito mais dúvidas do que esperanças…
    José Sócrates diz que está a resolver os problemas do país… Só que o país é o território e as pessoas que nele habitam. As pessoas constituem a sociedade que está dividida em classes e José Sócrates resolve os problemas de umas classes sociais lixando outras…
    E os sacrificados são sempre os mesmos…