Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

terça-feira, setembro 06, 2005

  • MENSAGEM DE UM ESQUERDISTA-ANARQUISTA SOBRE «O ABOMINÁVEL LIVRO DAS NEVES»

    «Agradeço a oferta dos livros e vou fazer as observações por vós pedidas.
    Acho que tendes tido uma visão elitista sobre o livro «Céu Cinzento», visto que só o destes ao que considerais uma elite da Esquerda com ideias novas, dos vários ramos de actividade, desde a política aos chamados independentes de Esquerda criativos. E quanto aos da Direita só o destes a um número muito restrito que considerais «inteligente, interessado em livros diversificados, e liberal no sentido tradicional».
    Sobre os da Esquerda, mesmo as bases que escolhestes considerais uma elite das bases.
    Quanto à primeira versão ou versão inacabada, ‘posta à discussão de um número de pessoas representativo das correntes de Esquerda’, ficastes surpreendidos pelo elevado número de sugestões que propunham a alteração do vocabulário, sem alterar o sentido das frases, isto é, ficastes a saber que na ala esquerda também há muito puritanismo.
    Sois contra o Cânone d século XX, como Cânone para o século XXI. No entanto não deixastes de colocar numa posição especial «O Evangelho Segundo Jesus Cristo» de José Saramago, que foi censurado pelo Prof. Dr. Sousa Lara, por não respeitar o Cânone da Ficção do século XX.
    E por outro lado considerais que o último livro do Gabriel García Márquez, representa uma viragem, em parcial ruptura com o Cânone dele próprio, durante o século XX. Que será portanto um livro de transição.
    (…)
    Ficastes convencidos que o Santana Lopes tinha colocado o défice, definitivamente, abaixo dos três por cento. E ficastes desorientados quando o Vítor Constâncio disse que o défice estava perto dos sete por cento. Depositastes demasiadas esperanças no governo de José Sócrates e agora com a crise em pleno, achais perigoso aplicar capitais de risco, mesmo numa perspectiva de médio prazo, pois tendes receio de ver o dinheiro arder, sem retorno…
    Há mais pessoas baralhadas…
    (…)
    E sobre os estrangeiros, ficai a saber que a uma geração subversiva se segue uma geração conservadora…»

    José Gabriel