Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quinta-feira, julho 24, 2003

  • O REQUINTADÍSSIMO, ALEGRE, HUMANISTA E SOFISTICADO TURISMO NEOCONSERVADOR

    TURISMO SÉCULO XXI

    A caça é um meio de fazer turismo, altamente rentável, subindo muito as acções dos fabricantes do material a usar.
    Cansados de caçar animais de quatro patas, americanos, ingleses e australianos resolveram caçar animais de duas patas, embora isso seja contra o direito internacional, mas esta é uma “daquelas situações em que o direito internacional tem limites”.
    A mando dos generais Suharto e Pinochet foram encostados à parede uns bons milhares de bípedes, em duas caçadas preventivas, muitíssimo bem sucedidas.
    Inicialmente, houve quem propusesse caçar cangurus, mas um dos líderes da coligação caçadora disse que tinha dúvidas se os cangurus eram animais de duas ou de quatro patas.
    Assim, foi decidido caçar bípedes numa coutada na Ásia, chamada Iraque.
    Esses bípedes pertencem a uma espécie chamada homo sapiens sapiens, que se pode caçar em qualquer altura do ano, sem restrições venatórias.
    Houve uma discussão democrática sobre como matar os tais bípedes, onde quatro hipóteses foram analisadas – fritos, assados (métodos usados com muito sucesso em 6/8/45, em Honshu, no Japão), esfacelados e esburacados (método considerado tecnologicamente ultrapassado) e as quatro propostas foram aprovadas.
    E foi declarada aberta a caça turística transcontinental.
    Os últimos animais caçados foram dois filhos de um ex-aliado político.
    E a caçada continua, em nome da defesa dos Direitos do Homem, do Direito Internacional e do roubo dos poços de petróleo, que pertencem aos bípedes iraquianos.