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LIVRE-PENSADORA

terça-feira, julho 24, 2007

  • BUSH E OUTROS NEOCONSERVADORES DEVEM TER APRENDIDO COM A INQUISIÇÃO

    Essas medidas de excepção da Rede Guantánamo e Sucursais parece que se inspiraram na Inquisição.
    Como a Tortura na Rede Guantánamo e Sucursais é secreta e protegida pelo Segredo de Estado podemos admitir que são usados os procedimentos da Inquisição, nomeadamente a «toca», o «potro» e a «polia», além de outros do género, ou ainda piores.



    «Os procedimentos da Inquisição
    Segundo Michael Baigent e Richard Leigh (Editora Imago), ao chegar a uma localidade, os Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados a assistir a uma missa especial, e ali ouvir o "édito" da Inquisição lido em público. No fim do sermão, o Inquisidor erguia um crucifixo e exigia-se que os presentes erguessem a mão direita e repetissem um juramento de apoio à Inquisição e seus servos. Após este procedimento lia-se o "édito",que condenava várias heresias , além do Islã e o judaísmo, e mandavam que se apresentassem os culpados de "contaminação". Se confessassem dentro de um "período de graça" poderiam ser aceitos de volta à igreja sem penitência, porém teriam que denunciar outras pessoas culpadas que não tivessem se apresentado. Não bastava denunciar-se como herege para alcançar os benefícios do "édito", deveria denunciar os cúmplices. O ônus da justificação ficava com o acusado. Essa denúncia foi usada por muitos como vingança pessoal contra vizinhos e parentes, para eliminar rivais nos negócios ou no comércio. A fim de adiantarem-se a uma denúncia de outros, muitas pessoas prestavam falso testemunho contra si mesmas e denunciavam outras. Em Castela, na década de 1480, diz-se que mais 1500 vítimas foram queimadas na estaca em conseqüência de falso testemunho, muitas delas sem identificar a origem da acusação contra elas. As prisões da Inquisição viviam abarrotadas de presos. As vítimas podiam ficar encarcerados durante anos sem ao menos saber o transgressão de que diziam ser culpados. A prisão era seguida de imediato confisco de todos os pertences dos acusados, enquanto o acusado definhava na cadeia, seus bens eram vendidos para pagar sua manutenção na cadeia. Se fossem soltos, estariam na mais completa miséria. Nas sessões de interrogatório os Inquisidores esforçavam-se para evitar o derramamento de sangue a que foram proibidos nas torturas. Idealizavam os métodos de modo a adequar-se às restrições prevalecentes. Havia a toca na qual se forçava água pela goela da vítima abaixo. Havia o potro, onde a vítima era amarrada num ecúleo com cordas, que podiam ser apertadas mais ainda pelo torturador. Havia a polia, em que amarravam-se as mãos das vítimas às costas e depois penduravam pelos pulsos numa polia ao teto, com pesos amarrados nos pés. Levantavam-na devagar para aumentar a dor e depois abaixavam-na bruscamente sendo seus membros deslocados. E havia outros procedimentos obscenos demais para serem transcritos. Reservava-se a pena de morte basicamente para os hereges não arrependidos, e para os que haviam recaído após conversão nominal ao catolicismo. Se ele se arrependesse nos últimos momentos na estaca, era "piedosamente" estrangulado antes de acenderem a fogueira. Se não, era queimado vivo.»



    A TORTURA ERA E É SEMPRE EM NOME DE ‘UMA BOA CAUSA’

    «Os torturadores da Idade Média usavam de tudo um pouco: de aparelhos que esticavam o corpo das vítimas até deslocar as juntas a objetos perfurantes dos mais variados tipos. Boa parte dos métodos de punição já existia desde a Antiguidade, mas os carrascos medievais também desenvolveram novas formas de tormento, incorporando os avanços tecnológicos da época, como os recém-surgidos dispositivos de relojoaria. A prática da tortura era comum, pois a confissão era considerada a mais importante prova nos tribunais, assim ela precisava ser extraída a qualquer custo. Presos em sombrias masmorras, no subsolo de fortalezas, os suspeitos eram submetidos a suplícios durante semanas e o terror só acabava quando eles reconheciam a culpa, em geral relacionada a casos de roubo, traição política ou assassinato. A princípio, a Igreja se manifestou contra a tortura para extrair confissões, mas, no final da Idade Média, já usava a prática sem cerimônias para punir hereges e suspeitos de bruxaria ou enquadrar pregadores que se afastassem de sua doutrina oficial. No ano 1252, o papa Inocêncio IV publicou uma bula (carta solene do pontífice) autorizando a tortura de suspeitos de heresia. Não era considerado pecado infligir castigos físicos aos acusados, a única recomendação era para que o serviço sujo não ficasse a cargo dos padres... O auge do uso da tortura em interrogatórios aconteceria já fora do período medieval. A partir do século 15, a Inquisição – tribunais da Igreja Católica que puniam quem se desviasse de suas normas – tinha até manuais para orientar carrascos. Vale lembrar que, além do tormento físico, métodos psicológicos também eram utilizados, envolvendo drogas psicotrópicas, extraídas de plantas como mandrágora ou estramônio. Essas poções provocavam terríveis delírios, servindo para "confirmar" que o réu possuía laços com o demônio.

    Roda de fogo
    A roda foi um suplício muito usado a partir do século 12. O prisioneiro era amarrado na parte externa de um grande disco de madeira, colocado sobre um recipiente contendo brasas incandescentes. Ao girar lentamente a roda, o carrasco fazia com que o corpo do torturado ficasse exposto ao calor, até que o réu morresse em conseqüência das queimaduras sofridas

    Tecnologia cruel
    O desenvolvimento da relojoaria na Idade Média inspirou novos instrumentos a serviço da dor.
    A "pêra" era um aparelho com pequenos mecanismos e molas em seu interior. Ela era introduzida no reto ou na vagina da vítima e, com o uso de parafusos, os mecanismos de relojoaria eram acionados para expandir o volume do objeto, causando graves dilacerações

    Pesadelo feminino
    Algumas formas de tortura eram aplicadas exclusivamente às mulheres. A mastectomia (remoção dos seios) era uma delas. A vítima tinha as mamas dilaceradas e em seguida arrancadas, com o emprego de pinças e outros instrumentos de ferro aquecidos.
    Em certas ocasiões, a mulher era obrigada a engolir os próprios seios e acabava morrendo sufocada.»