DEMOCRACIA E ABORTO
O nosso colaborador Rogério de Sá continua a receber violentas críticas à sua ficção neo-imoralista do Suplemento. Ultimamente foi considerada imoralista-herética-contra canónica.
Mas a mais fundamentada crítica vem de uma trintona doutorada em Direito, Liberdade e Democracia, militante de um conhecidíssimo movimento pró-vida... Depois de consultar dois procuradores e um juiz que não gostam de cinema (presumo hipoteticamente João Guerra, Souto Moura e Rui Teixeira porque não sabem quem é a Catherine Deneuve) chegou à conclusão que a ficção neo-imoralista é um aborto, e que por isso, Rogério de Sá, embora macho, deve ser acusado e condenado por prática de aborto com pena máxima, isto é três anos de cadeia. Os tais dois procuradores e o juiz acham ainda, que além das escutas telefónicas deve ser sujeito a prisão preventiva pois pode praticar mais um aborto.
Mas a mais fundamentada crítica vem de uma trintona doutorada em Direito, Liberdade e Democracia, militante de um conhecidíssimo movimento pró-vida... Depois de consultar dois procuradores e um juiz que não gostam de cinema (presumo hipoteticamente João Guerra, Souto Moura e Rui Teixeira porque não sabem quem é a Catherine Deneuve) chegou à conclusão que a ficção neo-imoralista é um aborto, e que por isso, Rogério de Sá, embora macho, deve ser acusado e condenado por prática de aborto com pena máxima, isto é três anos de cadeia. Os tais dois procuradores e o juiz acham ainda, que além das escutas telefónicas deve ser sujeito a prisão preventiva pois pode praticar mais um aborto.