Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

segunda-feira, janeiro 26, 2004

  • O PIOR JOGO

    Estava a ver na televisão um jogo de futebol. Estava pessimista, achava que ia ser um mau jogo, que os jogadores iam jogar mal, que os treinadores iam organizar tácticas desagradáveis, que o árbitro ia marcar um penalty sem haver qualquer falta, que ia invalidar um golo limpo! Mas nunca nas mais pessimistas previsões eu imaginei que ia ver em directo a vida a fugir ao jogador húngaro do Benfica Miklós Fehér!
    No futebol chora-se por muita coisa, chora-se porque se marca um golo, chora-se porque se sofre um golo, mas nunca imaginei chorar por ver um jogador a morrer!
    É terrível o espectáculo da morte!
    Lembro-me do papa João Paulo II dizer que era contra a invasão do Iraque porque ia morrer muita gente, que iam matar muita gente!
    Nunca esquecerei os que disseram Viva a Morte – G. W. Bush, Blair, Durão Barroso, Paulo Portas, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, o director do Abrupto Pacheco Pereira, os directores dos jornais como o Público, Expresso, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, os bem pagos pivots dos noticiários da três televisões portuguesas. Estes homens e mulheres que disseram do fundo do coração Viva a Morte são cruéis, desumanos, não lhes reconheço dignidade para lamentar a morte de ninguém.
    Disseram Viva a Morte, desprezaram a condição humana, desprezaram a vida humana!