Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sábado, janeiro 10, 2004

  • A DIREITA PORTUGUESA E O PODER MEDIÁTICO

    TELEVISÕES

    Nas três televisões o domínio da Direita é esmagador, qual delas é a mais pró-Bush e a mais pró-PSD? É nos noticiários, na escolha dos programas... Os comentadores também são quase todos do PSD. A esquerda está “out”.
    A imagem mais grotesca da subserviência das televisões ao governo PSD-PP foi a dos comissários políticos fardados a explicarem a lógica do Pentágono. Pareciam fardas das forças militares dos EUA.
    JORNAIS DE REFERÊNCIA DA DIREITA NEOCONSERVADORA PORTUGUESA
    QUE ELEMENTOS DA ESQUERDA LÊEM
    COMO CASTIGO DE AUTO-FLAGELAÇÃO

    Nestes jornais, nas respectivas secções JARDIM ZOOLÓGICO escrevem elementos da esquerda, por motivos de aumento de vendas, zoológicos e para que os católicos de esquerda possam fazer penitência dos seus pecados, lendo os editoriais neoconservadores dos seus directores e outros textos semelhantes. O Expresso admite apenas com regularidade da esquerda elementos do PS, ignorando o Bloco de Esquerda e o PCP.

    EXPRESSO – Sobre a independência do jornal Expresso, porque tenho pressa e para poupar trabalho, copio um texto do crítico de direita Vasco Pulido Valente inserto no Diário de Notícias, que mostra bem o apoio deste jornal ao PSD, de que é um jornal “oficioso”.
    “Pensem bem
    Nunca vi o Expresso defender uma causa com tanto zelo. Ontem, a manchete proclamava”Durão 1- RTP 0” e, por baixo, zunia – em grande destaque – a seguinte ementa: “Indemnização de Rangel é de 147 mil contos” (...por azar?) “ilíquidos”,
    “SIC processa antigo director geral”, “Carrilho pede intervenção do Presidente da República” e “O PS reforma Arons de Carvalho”. Também na primeira página vinha um editorial – “O fim do saque à RTP?” – em que se “aplaudia o governo e se recomendava silêncio e “pudor” à oposição. Na quarta página, Fernando Madrinha apoiava a política de Morais Sarmento e, de caminho, ia lamentando que desde quinta-feira o Telejornal abrisse com as manifestações dos trabalhadores da casa, seguindo uma orientação “guerrilheira e umbiguista”. Na página seis, com a história do despedimento da administração da RTP (informada e neutra), aparecia o interessante currículo de um dos sucessores, Luís Marques, o “único com carreira na comunicação social, jornalista, actual colunista do Expresso” e “ex-subdirector de Informação da SIC, de onde saiu há um ano, por discordâncias com Rangel”. Na página sete, continuava a dança, com três notícias triunfais: “Rangel pode ficar sem nada”; Rangel não conseguiu aumentar a audiência da RTP 1; e o Tribunal de Contas condena a gestão da televisão do Estado. Na habitual coluna do “sobe e desce”, Morais Sarmento estava evidentemente no “alto”, com suaves louvores, e Rangel no “baixo”, com uma descompostura em forma, como, de resto João Carlos Silva no “sobe e desce” do 2º caderno. Na página 13, Henrique Monteiro exigia o fim da publicidade na RTP. Na página 28, um segundo editorial tornava a defender a política de morais Sarmento. E, na última, caso alguém não tivesse ainda percebido, José António Lima repetia o sermão. Que dizer disto?...”

    PÚBLICO – Jornal de referência da direita neoconservadora, cujos editoriais direitistas do director são um pesado castigo para os elementos da esquerda que têm a paciência de os ler, porque compram o jornal para lerem a secção Jardim Zoológico aberta à esquerda. Esta secção é aberta a elementos do PS dentro do espírito programático do partido (e não apenas à oposição interna como Manuel Maria Carrilho) e ao Bloco de Esquerda, como herança do seu primeiro director Vicente Jorge Silva. O engenheiro Belmiro de Azevedo sabe que por razões comerciais esta abertura é fundamental.

    DIÁRIO DE NOTÍCIAS – Porta-voz do Pentágono em Portugal é comprado por elementos da esquerda para lerem a secção Jardim Zoológico que, geralmente, é menor que a do Público.
    Os dirigentes destes três jornais, antes de começarem a trabalhar lambem as botas de George Bush, depois as de Durão Barroso e a seguir esfregam as mãos.
    Desfazendo dúvidas a Lusomundo colocou à frente do DN um comissário político do PSD, que fez parte do governo de Cavaco Silva e do governo de Durão Barroso.