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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

  • TIMOR – GRAVÍSSIMOS PROBLEMAS DE SEGURANÇA


    Depois da selecção de futebol, Timor deve ser o tema mais consensual entre as diferentes ideologias políticas, em Portugal.
    Não deixa de ser com tristeza, que se olha de Portugal para Timor, e se constata tão grande insegurança, que o Presidente da República Ramos Horta, por pouco não foi assassinado. Logo a seguir houve outro atentado contra o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.
    Esperemos que a paz e a prosperidade cheguem a Timor.


    «ATAQUES CONCERTADOS

    Homens armados tentaram, ao início da manhã de segunda-feira em Díli, matar José Ramos Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados. O ataque contra Ramos Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

    Ramos Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin.

    De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.

    SÓCRATES “CHOCADO” ELOGIA GNR E INEM

    O primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou-se “chocado” com os atentados contra Ramos-Horta e Xanana Gusmão e garantiu que Portugal estará “empenhado” e “disponível” em ajudar na estabilização de Timor-Leste.

    No entanto, e após uma audiência no Palácio de São Bento com o presidente do Parlamento Nacional, Fernando ‘La Sama’ Araújo, José Sócrates considerou ser ainda “prematuro” falar em novos apoios concretos, descartando para já um aumento de militares da GNR no país.

    O primeiro-ministro deixou ainda uma palavra de apreço para com os militares da GNR e os elementos do INEM que prestaram assistência ao presidente Ramos-Horta.

    “Quero também deixar uma palavra de elogio à GNR e aos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelo trabalho que realizaram e pelo profissionalismo da sua actuação”, saudou o primeiro-ministro.

    CAVACO CONDENA VEEMENTE ATENTADO

    O Presidente da República, Cavaco Silva, condenou hoje "veementemente" o ataque de que foi alvo o presidente timorense, Ramos Horta, desejando-lhe um "rápido restabelecimento" e o seu regresso o mais breve possível ao país.

    Cavaco Silva, que se encontra em León, Espanha, onde hoje vai receber o doutoramento Honoris Causa pela universidade local, considerou o atentado como um "ataque às instituições democráticas do jovem estado timorense".

    PORTUGAL REPUDIA ATAQUES

    O Governo português "repudia vivamente" os atentados de que foram alvo o Presidente da República e o primeiro-ministro timorenses e confia que na manutenção da ordem pública do país.

    "O Governo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Embaixada de Portugal em Díli, tem acompanhado em permanência os lamentáveis acontecimentos ocorridos esta manhã na capital timorense, dos quais resultou ferido o Presidente da República José Ramos-Horta", refere uma nota divulgada pelo Executivo.

    "O Governo português repudia vivamente estes atentados que também visaram o primeiro-ministro Xanana Gusmão e manifesta a sua confiança na manutenção da ordem pública e estabilidade do país", salienta o comunicado, que termina com "o desejo da pronta recuperação do Presidente da República de Timor-Leste".»
    (In «Correio da Manhã» o.l.)