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sábado, abril 21, 2007

  • EUSÉBIO E OS ÚLTIMOS TEMPOS DO IMPÉRIO PORTUGUÊS

    Hoje foi anunciado que Eusébio tinha um problema de saúde grave, concretamente, um problema circulatório nas carótidas, que prejudica a circulação sanguínea, nomeadamente a irrigação do cérebro.

    Quando era jovem tinha uma circulação sanguínea excelente, que lhe permitiu ser um atleta de alta competição, dos melhores do mundo, na sua época e na sua especialidade, que era o futebol.



    ( «Full name
    Eusébio da Silva Ferreira
    Date of birth
    January 25, 1942 (1942-01-25) (age 65)
    Place of birth
    Lourenço Marques, Mozambique
    Nickname
    Pantera Negra (Black Panther)Pérola Negra (Black Pearl) »

    « Years
    Club
    App (Gls)*
    1957-19601960-1975197519751975-19761976-1977197619771977-19781977-1978
    Sporting Lourenço Marques - SL Benfica - Rhode Island Oceaneers - Boston Minutemen - CF Monterrey - Beira Mar - Toronto Metros Croatia - Las Vegas Quicksilver - New Jersey Americans - União de Tomar
    301 (317)8 (2)10 (1)12 (3)25 (18)17 (2)
    National team
    1961-1973
    Portugal
    64 (41) » )

    Foi campeão europeu pelo Benfica e ficou em terceiro lugar no Mundial de Inglaterra, com a selecção de Portugal.

    Eusébio nasceu em Moçambique, que então fazia parte do império colonial português.

    Salazar, para que a NATO o tolerasse no poder, precisava de dar una imagem mais moderna do fascismo português, bem diferente do alemão que era altamente racista, mesmo praticando o racismo entre brancos.

    Assim, Eusébio e outros jogadores negros da selecção de futebol de Portugal, como Coluna também jogador do Benfica e capitão da selecção de Portugal, davam, para Salazar, a imagem de que o regime promovia o sucesso profissional dos negros.

    Após a independência das colónias, Eusébio optou pela nacionalidade portuguesa e tornou-se uma figura do desporto português muito consensual – para a direita salazarista e pós salazarista era um homem que prestou relevantes serviços ao país. Para todas as esquerdas a valorização profissional de um negro num país maioritariamente de brancos era e é um imperativo ideológico fundamental, estrutural.