A DEMOCRACIA E OS DEPUTADOS
Em Portugal ficamos com a ideia de que os deputados e as deputadas são uns robots, que dizem sempre SIM ou NÃO, conforme a ordem do chefe.
O deputado-robot obedece às ordens do chefe, com se vivêssemos numa ditadura.
O deputado-robot, que obedece às ordens do chefe, empobrece, seriamente, a Democracia.
Não é ‘politicamente correcto’ em certas correntes da esquerda portuguesa dizer isto:
Sendo o Partido Socialista, na esquerda portuguesa, aquele que melhor se dá com a Liberdade de Expressão de Pensamento, é particularmente frustrante quase não conseguir detectar o livre-pensamento, nos deputados e nas deputadas do PS, agora embalado pelo exercício do poder.
O caso dos deputados trabalhistas britânicos, que se rebelaram contra o chefe Blair, mostra outra vitalidade da Democracia.
Há deputados que pensam e decidem pela sua cabeça, recusando a capitulação perante o chefe.
O projecto de Blair da nova corrida às armas de destruição maciça venceu no Parlamento, porque os deputados da Direita conservadora votaram a favor de Anthony Blair.
« 95 Labour MPs say no. But Blair gets his missile
Biggest rebellion on domestic issue since 1997. Vote won thanks to Tories Patrick WintourThursday March 15, 2007The Guardian
Labour's historic divisions over nuclear weapons came back to haunt Tony Blair yesterday when 95 Labour backbench MPs rejected his plans to commence the £20bn renewal of the Trident nuclear submarine system.
The scale of the rebellion, the largest on a domestic issue since 1997, forced the government to rely on the support of the Conservatives to win the vote - a political fact that the Tories will deploy with a vengeance in the next general election. »