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segunda-feira, outubro 30, 2006

  • SÁTIRA AO «EQUADOR» DE MIGUEL SOUSA TAVARES

    «»
    (Miguel Sousa Tavares in «Equador», pág 11, 21ª Edição «Oficina do Livro», Cruz Quebrada/Dafundo, Dezembro 2004)


    SÁTIRA AO TEXTO ACIMA TRANSCRITO



    «Despois de as coisas não acontecerem, é quase irresistível falar delas, sobre o que não teria sido a vida se se tem feito diferente. Se soubesse o que o destino não lhe reservava nos próximos tempos talvez o Conde Bernardo Monção nunca tivesse apanhado o TGV (Trem com Grande Vista), naquela chuvosa tarde de Dezembro de 1867 da Era de C. , na Estação do Oriente.
    Mas agora recostado na desconfortável poltrona de veludo cor-de-rosa da classe A, compreenderia o motivo porque o Barão Anthony Blair ficou com calos na mão direita desde que a esposa o abandonou. Foi devido ao aquecimento global provocado por aquelas fábricas inglesas, que lançam dióxido de carbono para a atmosfera.
    O TGV permite uma bela vista, Luís Bernardo via desfilar assustadoramente a paisagem, através da janela de uma máquina de escrever eléctrica chamada blog.
    Acusavam de Plágio o livro «Equador» do escritor Marquês Taveira de ser um plágio do livro «Latitude Zero».


    - Não é não – retorquiu o seu amigo, o Conde do Prado. – Nunca li nenhum deles mas a latitude do Equador é de 180 graus.
    - Sabe caro amigo, o século XX será um século de paz, sem nenhuma guerra. Daqui por cem anos terão implantado a monarquia nos Estados Unidos e o rei será Jorge I da linhagem dos cow-boys – disse o Conde Bernardo Monção.
    – Um grande passo em frente para a Humanidade.
    E ficaram os dois a ler o jornal «Expresso das Mentiras Verdadeiras», propriedade do Barão Chico.
    Naquela manhã o jornal noticiava a ida do rei Jorge I dos Estados Unidos visitar o Museu de Bagdad, dali por cem anos, uma cidade bela e tranquila, onde a felicidade dos habitantes será paradisíaca.»