Manifesto Aplicado do Neo-Surrealismo Céu Cinzento O Abominável Livro das Neves

Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

sexta-feira, abril 01, 2005

  • A INSTITUIÇÃO «EXPRESSO»

    Temos sido muito atacados por andarmos a atacar o jornal «Expresso». Dizem que nós atacamos o «Expresso», porque somos da Esquerda e o jornal «Expresso» é da Direita. Tem muita lógica esta crítica e, por isso, vamos relembrar um texto do crítico da Direita Vasco Pulido Valente, que segundo a lógica atrás referida certamente que fará um grande elogio ao jornal «Expresso», porque VPV até já foi deputado pelo PSD, e o texto foi publicado no insuspeito de simpatias com a Esquerda o direitista «Dário de Notícias». Atenção pensem bem.

    “Pensem bem
    Nunca vi o Expresso defender uma causa com tanto zelo. Ontem, a manchete proclamava”Durão 1- RTP 0” e, por baixo, zunia – em grande destaque – a seguinte ementa: “Indemnização de Rangel é de 147 mil contos” (...por azar?) “ilíquidos”,“SIC processa antigo director geral”, “Carrilho pede intervenção do Presidente da República” e “O PS reforma Arons de Carvalho”.
    Também na primeira página vinha um editorial – “O fim do saque à RTP?” – em que se “aplaudia o governo e se recomendava silêncio e “pudor” à oposição.
    Na quarta página, Fernando Madrinha apoiava a política de Morais Sarmento e, de caminho, ia lamentando que desde quinta-feira o Telejornal abrisse com as manifestações dos trabalhadores da casa, seguindo uma orientação “guerrilheira e umbiguista”.
    Na página seis, com a história do despedimento da administração da RTP (informada e neutra), aparecia o interessante currículo de um dos sucessores, Luís Marques, o “único com carreira na comunicação social, jornalista, actual colunista do Expresso” e “ex-subdirector de Informação da SIC, de onde saiu há um ano, por discordâncias com Rangel”.
    Na página sete, continuava a dança, com três notícias triunfais: “Rangel pode ficar sem nada”; Rangel não conseguiu aumentar a audiência da RTP 1; e o Tribunal de Contas condena a gestão da televisão do Estado.
    Na habitual coluna do “sobe e desce”, Morais Sarmento estava evidentemente no “alto”, com suaves louvores, e Rangel no “baixo”, com uma descompostura em forma, como, de resto João Carlos Silva no “sobe e desce” do 2º caderno.
    Na página 13, Henrique Monteiro exigia o fim da publicidade na RTP.
    Na página 28, um segundo editorial tornava a defender a política de Morais Sarmento.
    E, na última, caso alguém não tivesse ainda percebido, José António Lima repetia o sermão. Que dizer disto?...”