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Anti-Direita Portuguesa

ESQUERDA NÃO PARTIDÁRIA

LIVRE-PENSADORA

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

  • AS PRESIDENCIAIS E A REORGANIZAÇÃO DA ESQUERDA

    O eleitorado de esquerda mais estável foi o de Jerónimo de Sousa.
    Manuel Alegre, quando as sondagens referiam a incompatibilidade dos 81 anos de Mário Soares com boa parte do eleitorado de Esquerda, atraiu para a sua candidatura parte da Ala Esquerda e da chamada extrema-esquerda, dado o carácter ambíguo do Bloco de Esquerda, que se excluirmos os militantes saídos do PSR, ideologicamente consistente, é um conjunto de «arrependidos» de outros partidos ou movimentos da Esquerda, não simpatizando muito parte da Ala Esquerda com os militantes e as militantes que viraram a casaca. O vira-casaca é sempre um político que se pensa que… quando a virará da próxima vez?...
    Ora qualquer movimento de cidadãos tem que ter uma ideologia consistente, o que não se está a ver nos apoiantes de Manuel Alegre. Se muitos são a favor da prisão
    de mulheres por praticarem aborto, nesse ponto esse movimento aparece mais à Direita do que José Sócrates.
    Ora pensava-se que esse movimento iria agregar a Ala Esquerda PS e Parte da Ala Esquerda Não-Partidária.
    Se não agregar parte da Ala Esquerda não traz nada de novo torna-se um segundo PS com uma Ala Direita Anti-Esquerda… e perde a consistência ideológica.
    A Ala Esquerda pensa que as ideologias de Esquerda são boas, mas que muitas vezes são más as pessoas que dizem aderir a elas… Ora sem uma ideologia de esquerda clara o Movimento que se agregou à volta de Manuel Alegre, numa perspectiva de Esquerda, torna-se vazio e inconsequente.